21 de dezembro de 2015 | N° 18392
EDITORIAIS
OS COMPROMISSOS DO NOVO MINISTRO
O
Brasil começa a cobrar, a partir de hoje, a efetividade da primeira
frase do novo ministro da Fazenda, em sua aparição pública na última
sexta-feira. Disse o senhor Nelson Barbosa: A política fiscal e
econômica como um todo continua na mesma direção: de buscar o equilíbrio
fiscal e o controle da dívida pública.
Logo a seguir, o economista fez
uma relação de compromissos que também merecem registro, para que não
sejam apenas um recurso de retórica. Segundo o novo ministro, o país
precisa retomar o crescimento com estabilidade nas contas e a
recuperação da confiança de quem produz, a partir de parcerias do setor
público com o setor privado, aceleração das concessões e aprovação de
iniciativas fiscais do governo pelo Congresso.
Numa primeira avaliação, a partir das declarações aos jornalistas, o novo titular da Fazenda parece ter se esforçado para reverter a percepção média a respeito de sua linha de pensamento. Ao reforçar ideias básicas de seu antecessor, em nome da austeridade, o ministro surpreende os que o consideram flexível em relação a receitas e despesas governamentais. Tanto que o conceito de equilíbrio fiscal foi repetido várias vezes nessa primeira conversa. Também foram enfatizadas as preocupações com a urgência das reformas estruturais que têm sido adiadas, em especial na área tributária.
É natural que o novo comandante da economia submeta-se também a desconfianças, por ter o perfil definido como desenvolvimentista, mesmo em momentos de instabilidade, como o atual. Considere-se ainda a conjuntura internacional desfavorável, com aumento de juros nos Estados Unidos, e o agravamento da percepção negativa do Exterior, com o segundo rebaixamento da nota de investimento do Brasil.
Numa primeira avaliação, a partir das declarações aos jornalistas, o novo titular da Fazenda parece ter se esforçado para reverter a percepção média a respeito de sua linha de pensamento. Ao reforçar ideias básicas de seu antecessor, em nome da austeridade, o ministro surpreende os que o consideram flexível em relação a receitas e despesas governamentais. Tanto que o conceito de equilíbrio fiscal foi repetido várias vezes nessa primeira conversa. Também foram enfatizadas as preocupações com a urgência das reformas estruturais que têm sido adiadas, em especial na área tributária.
É natural que o novo comandante da economia submeta-se também a desconfianças, por ter o perfil definido como desenvolvimentista, mesmo em momentos de instabilidade, como o atual. Considere-se ainda a conjuntura internacional desfavorável, com aumento de juros nos Estados Unidos, e o agravamento da percepção negativa do Exterior, com o segundo rebaixamento da nota de investimento do Brasil.
O
ministro que sai deixa como herança positiva para o sucessor o esforço
pelo bom senso nas contas da União, apesar da falta de apoio do próprio
governo e do Congresso. Que Nelson Barbosa conte pelo menos com esse
apoio.
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