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quinta-feira, 27 de maio de 2010
27 de maio de 2010 | N° 16348
ARTIGOS
A deterioração das relações familiares, por Anissis Moura Ramos*
Nos últimos dias, somos bombardeados pela imprensa com os inúmeros casos de mortes ocasionadas pelo uso do crack e violência explícita. Isto nos leva a crer que é preciso um momento de reflexão para tentar entender o que está acontecendo com a sociedade.
A violência, hoje, é a causa ou consequência mais latente da era pós-humana em que vivemos. A tecnologia vem ocupando o espaço no mundo atual, contribuindo para a formação de um falso self. As pessoas se tornam personagens do mundo virtual para conquistar o outro, sendo um simulacro da realidade.
A competição que se instala desde a mais tenra infância pode ser uma das causas dos desajustes comportamentais de alguns adolescentes. Sendo reforçados pela anuência dos responsáveis, mostrando a sua face aterrorizadora. O limite é sinônimo de permissão e não faz mais parte dos princípios da família.
O papel dos pais foi substituído pelo de amigo, pelo qual tudo é tolerado. As regras não pautam mais as relações familiares. O livre ir e vir dos adolescentes contribui para que os pais não saibam onde e com quem seu filho se relaciona. Um novo modelo de relação entre pais e filhos se estabeleceu. A fórmula consiste em compensar os filhos com bens materiais, isentando-os da responsabilidade de pais.
O uso do álcool na adolescência se tornou normal, sendo que a máxima de alguns pais é que preferem que seus filhos bebam em casa do que na rua. O crack já faz parte da rotina de muitas famílias brasileiras, que perderam o controle sobre os filhos. O ficar na adolescência é visto com naturalidade, não recebendo orientação por parte dos pais ou responsáveis, o que gera, muitas vezes, uma gravidez indesejada. A violência que geralmente se inicia em casa pelos pais e entre irmãos é tratada de forma banalizada.
Frente a tudo isso, as famílias se tornam atônitas quando tomam conhecimento de que o filho é usuário de drogas ou comete atos ilícitos. Perguntando-se, surpresos, como isso foi acontecer. Vemos que o referencial de família, que foi deixado de lado, ainda é a base para a construção e evolução do ser humano.
Esse comportamento omisso nos leva a refletir sobre o verdadeiro caos que estamos vivendo, em que os valores éticos, morais e religiosos foram deixados de lado, sendo vistos como algo do passado.
Está na hora de retomarmos esses conceitos que foram esquecidos. Talvez, a partir daí, a mídia não precise anunciar com tanta frequência a morte de jovens que na realidade são vítimas de uma sociedade adoecida.
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