Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 18 de maio de 2010
ELIANE CANTANHÊDE
Ai, que medo!
BRASÍLIA - De um lado, o general Maynard Santa Rosa, que atingiu a última patente das Forças Armadas e o Alto Comando do Exército, declara à Folha que o governo Lula está articulando "uma ditadura totalitária comunista".
Segundo ele, tudo começa com essa história de direitos humanos, com a união civil gay e outras violações das bases morais da sociedade. Daí a impor o mais puro totalitarismo do tipo bolivariano é um pulo.
Ai, que medo!
De outro lado, a direção do PT patrocina o jornal "Movimentos", que no seu segundo número vê risco de um novo golpe militar: "O ovo da serpente está intacto e as mesmas elaborações teóricas, sentimentos de superioridade e defesa de privilégios que animaram os golpistas de 64 estão presentes nos corações e mentes das elites".
Que elites? As "encasteladas" na mídia, nas entidades patronais, no Legislativo, no Judiciário e até na burocracia dos Executivos...Ai, que medo!
Quem tem menos de 40 anos não deve estar nada interessado nessas ameaças cruzadas, nem entende a linguagem -ou morre de rir das construções anacrônicas.
Então, os que ainda veem fantasmas e golpes devem fazer o favor de andar no tempo, olhar em volta e ver que o mundo evoluiu, o Brasil é outro. Fernando Henrique não é um "gorila", Lula nem faz questão de ser "de esquerda", Serra não é um baluarte da direita, Dilma não é guerrilheira bolivariana, Marina não ameaça uma mosca.
O general tem direito de expor sua opinião, mas será que "95% do Exército" pensa assim, como diz? E textos sobre "conluios das elites" são admissíveis enquanto manifestações isoladas, mas mudam de figura se patrocinados pelo PT.
Há algo de folclórico nos dois lados, que existem, falam e circulam justamente porque isto aqui é uma democracia. Mas, quando ganham ares ou verbas institucionais, a brincadeira não tem a menor graça.
elianec@uol.com.br
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