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sábado, 15 de maio de 2010
16 de maio de 2010 | N° 16337
PAULO SANT’ANA
Um crime hediondo
O que faz uma pessoa, como a procuradora que se apresentou agora à Justiça do Rio de Janeiro, obter a guarda de uma menina de dois anos com a finalidade precípua de praticar tortura na criança?
Que dano mental, que avaria psíquica leva uma pessoa a ter prazer em causar séria tortura a uma menina de dois anos?
E quantos milhares de meninos e meninas são torturados por seus pais ou por quem tem a guarda deles?
O noticiário é farto de crianças que são diariamente surradas por seus pais. Uma tara animalesca leva pessoas a só se realizarem se tiverem crianças à sua mercê, incapazes de reagir às violências que lhes são infligidas.
O caso dessa procuradora é infame. Ela ia à Justiça para obter a posse de uma criança com o único objetivo de torturá-la.
Ela queria ter o mando da criança. Quem viu na televisão as fotos da menininha com os olhos totalmente inchados, vermelhos, dominados pelos hematomas, tem o coração cortado pela barbárie.
Não foi a única criança que ela maltratou. Ela se especializou em obter guarda de crianças com o único fim de torturá-las física e mentalmente.
Como pode? Como pode uma procuradora, pessoa de dotes culturais notáveis, dedicar-se a esse tipo de crime hediondo?
Quantas pessoas vivem socialmente, no seio da comunidade, que no entanto todas as manhãs veem as feras que dormem dentro de si acordarem aos berros pedindo sangue?
Quanta gente completamente louca está à solta praticando crime de maldade incessante? Quanta?
Este caso penaliza a gente, nós, que tomamos conhecimento dele. Imaginem a extensão do mal que a procuradora causou durante anos a duas ou mais crianças.
Segundo empregadas domésticas da procuradora, a mais simples das maldades dela era erguer a menina pelos cabelos e tirar os pés dela do chão, ficando a criança pendurada no ar. Isso era a toda hora.
Imagine a dor da menina e a compreensão que a criança tinha sobre os castigos a ela infligidos.
O que pensaria essa criança? Que assim era a vida, que a vida não passava de uma rotina de horrores aos quais ela tinha que obrigatoriamente se submeter?
Evidentemente que a maioria das pessoas não é má. Mas assusta que milhões o sejam e continuem soltos pelo mundo a praticarem suas selvagerias.
Andou em boa hora o juiz que não relaxou a prisão da procuradora. Há inúmeros testemunhos de que ela massacrava a menina de dois anos. Os seus crimes eram hediondos também porque eram contínuos e fruto de uma mente nitidamente desajustada.
Como pode transitar no meio social, com posição destacada, um monstro desses, impune?
Será que essa procuradora tem noção exata do tamanho e gravidade do seu crime? Não pode ter. Ela se apresentou à polícia com ar de quem não conhece ser horrendo maltratar assim uma criança.
A tortura é tão grave quando praticada sobre uma criança ou sobre um adulto.
Mas não sei por que dói mais à gente que toma conhecimento desses fatos quando uma criança é vítima deles.
E passa pela cabeça da gente o impossível: que a sociedade se munisse de meios para, sem o perigo da injustiça, se aparelhar da pena de morte para punir tais delitos hediondos.
A única forma de redimir-se um crime desses seria tirar a vida da sua autora.
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