Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Juremir Machado
TROCADILHOS INFAMES
Tudo como Dantas no quartel de Abrantes. Isso não é novidade? Claro que não. Nessa área nunca há novidades. O Daniel recebeu a 'Opportunity' que precisava para fugir do país. Talvez não o faça. Supremas razões federais permitem que aja sem pressa no seu acerto de contas. É muito dinheiro para contar.
Não cabe em cueca. Nem mesmo em samba-canção tamanho GG. De qualquer maneira, a Justiça só é lenta quando não se tem um bom celular e talvez ele queira usar a cabeça e esperar a volta do Cacciola, que também teve um 'salvatore' no STF, para obter algumas informações e não cometer os mesmos erros de ligação.
Quem é ou foi rei de banco brasileiro, evidentemente, não pode depender do príncipe de Mônaco, mesmo que se trate de um Estado mínimo. Daniel Dantas está confuso com essa receita.
Caiu na malha fina da PF, mas escapou pelos buracos largos do STF. Com ele nunca tem questão local. Tudo na sua vida é federal. Até os amigos que ajuda.
Daniel Dantas vai para o Guinness como recordista de prisões e libertações na categoria dos golpes bilionários. Justiça seja feita, está provado com esse prende-e-solta que a Justiça não é cega. Nunca foi. Faz muito bem a diferença entre um tubarão e um peixe da arraia miúda.
Enxerga um banqueiro a milhas de distância em pleno alto-mar e com mais nitidez ainda quando o vê no Planalto Central. Dantas escolheu mal as companhias. Não sabia que não se deve ter parcerias com Najas, quer dizer, Nahas, ou seja, com gente que não Pitta tanto quanto ele?
Parece que Dantas se queixou no longo tempo em que passou detido. Teria perguntado: não tem sequer um banco aqui? Ao sair, teria ouvido uma piadinha de graça: ficou menos tempo do que muita gente na fila de banco. Ouviu também o tradicional 'nem esquentou o banco'.
O povo brasileiro só é menos óbvio que o STF. Vive aprontando com piada sem graça ou francamente de mau gosto. Por seu lado, Celso Pitta entrará no Tribunal Superior Eleitoral. Vai reclamar que Dantas está recebendo mais tempo de mídia do que ele. Quer isonomia no tratamento, direito de resposta, réplica e tréplica.
A campanha, alega, é a mesma. Uma grande injustiça. Parece que Dantas está tão acostumado a lidar com bilhões, jóias, fortunas, tesouros das arábias, que, quando falaram em algemas, ele entendeu as gemas e já estava tirando alguns diamantes dos bolsos para acelerar o processo.
É um homem pragmático: ao ouvir uma frase pela metade, 'juro...', teria defendido imediatamente a taxa Selic e a política monetária do Banco Central. Gravações revelaram que Dantas acha fácil tirar o STF de letra.
Surgiu uma idéia interessante. Se Dantas fugir para o exterior, o ministro que o soltou poderia ocupar o seu lugar no interior. Não direi de onde.
Cada um que decida. Seria a lei de responsabilidade jurídica. Quem solta, responde pelo que acontecer com o beneficiado. Não, não pode ser assim. A Justiça não pode ser olho por olho e dente por dente.
Afinal, é mais fácil um cabelo passar pelo buraco de uma agulha do que um peixão escamoso e escorregadio dormir uma semana atrás das grades. Cabe à Justiça ser pobre por pobre e rico por rico. Isso é um chavão? Claro.
Mas é menor do que o chavão usado duas vezes por Gilmar Mendes para tirar Dantas da cadeia. Já estão chamando o Dantas de 'El Supremo'. Basta de trocadilhos infames. Fiquemos só com a infâmia. Tudo numa vida é mesmo uma questão de 'Opportunity'.
juremir@correiodopovo.com.br
Uma excelente terça-feira para todos nós, com muito sol por aqui, ainda que seja inverno
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário