quarta-feira, 6 de outubro de 2021


06 DE OUTUBRO DE 2021
INFORME ESPECIAL

Como desatar o emaranhado da fiação urbana

Vem de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, um exemplo de como dar o primeiro passo para resolver o emaranhado de fios nos postes - problema comum à maioria dos municípios, entre eles Porto Alegre, onde a CEEE Equatorial promete começar, ainda neste mês, a remoção da fiação excedente em ruas e avenidas.

No município de 132 mil habitantes, a prefeitura decidiu agir de forma pontual, atendendo a uma antiga reivindicação da comunidade: retirar a trama de cabos que, até então, cobria o principal cartão-postal da cidade, a Catedral São João Batista.

À frente da operação, o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Everton Oltramari, diz que não foi fácil. As discussões começaram em 2019. Foram mais de dois anos até o desfecho atual. Hoje, moradores e visitantes podem fotografar à vontade a igreja livre de fios.

- Dependíamos muito da RGE e da retirada dos cabos pertencentes a operadoras de telefonia e internet. Foi necessária uma conversa com todos os envolvidos, além da contratação de uma empresa para fazer o trabalho de realocação - relata Oltramari.

Havia duas opções: fazer o cabeamento subterrâneo ou seccionar a rede de transmissão de energia no local, para liberar a fachada. A prefeitura optou pela segunda alternativa, com uma intervenção pontual. Foram aportados R$ 32,8 mil na manobra, que incluiu a reorganização da fiação, dos postes e dos transformadores. Agora, o secretário projeta novas etapas.

- Essa foi uma primeira providência, e a repercussão está sendo ótima. A partir disso, podemos dar mais um passo - diz Oltramari.

A ideia é fazer um projeto para enterrar os fios na rua principal, priorizando um número reduzido de quadras. Aos poucos, a transformação torna-se viável.

JULIANA BUBLITZ INTERINA

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