quarta-feira, 11 de outubro de 2023


11 DE OUTUBRO DE 2023
PRODUÇÃO NO RS

Indústria gaúcha volta a avançar

Após três meses seguidos no vermelho, a indústria do Rio Grande do Sul voltou a apresentar resultado positivo. Em agosto, a produção física do setor avançou 4,3% ante julho. Essa é a segunda maior alta do segmento no ano, perdendo apenas para março, quando cresceu 6,1%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 18 locais pesquisados pelo IBGE, o Estado apresentou a terceira maior alta em agosto, ficando atrás de Amazonas (11,5%) e Espírito Santo (5,2%). Na nota do IBGE, o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, afirma que o bom desempenho da indústria gaúcha no oitavo mês do ano é explicado em parte pelo resultado do setor automotivo:

"Na indústria gaúcha, o crescimento se deve aos setores de veículos e de derivados de petróleo. Assim como ocorreu em São Paulo, o segmento de veículos apresenta movimento compensatório, uma vez que houve queda no mês anterior. É um movimento estratégico dentro da própria atividade para equilibrar a oferta e a demanda", disse Almeida, em comunicado do IBGE.

No âmbito do setor de derivados de petróleo, o economista- chefe da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Giovani Baggio, cita a parada na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, no começo do ano:

- Teve um efeito muito forte da parada para manutenção da Refap. Agora, estão, digamos, repondo aquilo que não produziram no início do ano.

Analisando o setor como um todo em agosto, Baggio afirma que a indústria passa por acomodação após sequência de quedas, movimento que pode sinalizar ensaio para retomada, de acordo com o especialista.

Como o setor caiu bastante nos últimos meses, alguma hora essa queda teria de cessar. Pode ser um primeiro indicativo de estabilização para quem sabe ensaiar uma retomada.

Giovani Baggio - Economista-chefe da Federação das Indústrias do RS (Fiergs)

A gente não pode dizer ainda que é uma retomada de crescimento. Teria de esperar os próximos meses para ver se isso se torna questão de crescimento sustentado. No momento, a gente observa algo mais pontual.

Bernardo Almeida - Analista da pesquisa do IBGE

ANDERSON AIRES

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