21 dE OUTUBRO DE 2023
+ ECONOMIA
Petróleo em alta, gasolina em baixa, mas há "fundamento"
Mesmo com petróleo em alta, não houve rejeição do mercado à decisão da Petrobras de baixar 4,1% o preço da gasolina e subir 6,58% o do diesel. As ações da estatal abriram ontem em alta acima de 1%, mas fecharam em queda de 1,1% (ordinárias) e 1,5% (preferenciais).
Respeitada consultoria do segmento, a Argus observa que "não haveria espaço para reduzir os preços com base nas cotações atuais no mercado internacional". Pondera que "a redução do preço da gasolina parece ser motivada pela situação atual de oferta e demanda doméstica". Diz ver "fundamentos de mercado" na decisão por alta no consumo de etanol e recuo no de gasolina.
No mundo, a troca de estações muda o protagonismo no mercado de combustíveis. No Hemisfério Norte, onde se concentra a demanda, termina a chamada "drive season" - aumento no consumo de gasolina das férias de verão - e começa a temporada de calefação, quando aumenta o consumo de diesel.
No vaivém das ações, pesaram declarações do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de que pretende retomar negócios com a Venezuela depois do alívio do embargo dos Estados Unidos.
A iniciativa é vista com cautela porque a decisão dos EUA é restrita a seis meses e depende de eleições livres, há dúvidas sobre a capacidade de aumento da produção de petróleo no país sul-americano e outras incursões brasileiras na Venezuela resultaram em prejuízos.
Mesmo que a nova "estratégia comercial" da Petrobras seja considerada complexa, nesta semana a estatal alcançou o maior valor de mercado desde 2012, de R$ 525,1 bilhões. O recorde anterior era de outubro de 2022: R$ 520,6 bilhões.
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