27 DE JUNHO DE 2020
INFORME ESPECIAL
A Igreja e a pandemia
Se existe no Rio Grande do Sul uma instituição disciplinada e colaborativa em tempos de pandemia, é a Igreja Católica. Aos 2 mil anos de idade, está transformando limitações em oportunidades de evolução aqui no Estado.
A Arquidiocese de Porto Alegre, liderada por Dom Jaime Spengler, suspendeu a realização de missas públicas em 16 de março - a primeira capital brasileira a tomar essa atitude. Decretou o fechamento das igrejas em 20 de março e seguiu as orientações de distanciamento para o retorno, um mês depois. Novamente fechou as igrejas em 20 de junho, obedecendo à classificação de bandeira vermelha do modelo do governo do Estado. Sem reclamar. Ao contrário: sempre afirmou que a preservação da vida é a sua prioridade, apesar dos eventuais prejuízos materiais.
O Mensageiro da Caridade, por exemplo, enfrenta uma crise sem precedentes. A solução: mobilizar a comunidade, o que vem acontecendo.
Adoções no RS
Boa parte das 850 crianças e adolescentes acolhidos em abrigos e casas-lar de Porto Alegre está com sua situação jurídica indefinida e paralisada devido à pandemia, já que os processos são físicos e não há tramitação desde que a covid-19 limitou o trabalho da Justiça.
Na busca por encontrar uma solução, a promotora Cinara Vianna Dutra Braga enviou ofício ao Tribunal de Justiça pedindo a implementação imediata do processo eletrônico na 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital.
Sem a papelada em dia, as crianças e adolescentes não podem ter seus nomes incluídos no cadastro de adoção. O desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, presidente do Conselho de Comunicação do TJ, explica que a digitalização dos processos está sendo agilizada com recursos humanos próprios e terá o reforço de uma empresa escolhida por licitação, mas que ainda espera o final das etapas legais de contratação para iniciar o trabalho. O desembargador afirma também que a área da infância e da juventude está na lista das prioridades.
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