23 DE JUNHO DE 2020
INFORME ESPECIAL
Reitor da UFRGS tenta reeleição
Atual reitor da UFRGS, Rui Oppermann começou ontem a campanha à reeleição da mesma chapa que concorreu em 2016, tendo Jane Tutikian como vice. O processo formal se inicia nos próximos dias, com as inscrições das chapas e a consulta à comunidade acadêmica, composta por professores - cujos votos têm mais peso -, servidores e alunos.
Depois, uma lista tríplice será elaborada e enviada ao presidente da República, a quem cabe fazer a escolha definitiva e a nomeação. Em junho, uma medida provisória assinada por Jair Bolsonaro buscou determinar a escolha de reitores interinos pelo governo, uma tentativa de assumir controle ideológico e de gestão das universidades públicas brasileiras, um dos maiores focos de questionamento ao bolsonarismo. A MP acabou devolvida e, com isso, a UFRGS manteve o cronograma que prevê uma eleição virtual até julho. O atual mandato termina em setembro.
Uma sutil contradição
Em entrevista ao Jornal do Almoço, perguntado por Cristina Ranzolin, o prefeito Nelson Marchezan minimizou as divergências entre as normas adotadas em Porto Alegre e as determinações contidas nas regras estabelecidas pelas bandeiras do governo do Estado.
- São praticamente insignificantes - afirmou.
Ora, se são mesmo praticamente insignificantes, por que não alinhar as decisões hierarquicamente com as do governador Eduardo Leite? Estamos em um momento de fratura da autoridade e de confusão de números. Ninguém gosta de fechar restaurantes, mas a bandeira vermelha determina que apenas as entregas em casa e no balcão podem ser feitas.
Na Capital, que está sob bandeira vermelha, há autorização para que as portas fiquem abertas até 17h. Não há por que duvidar que inexiste atrito entre a prefeitura da Capital e o Piratini. Mas isso sim é praticamente insignificante diante da leitura que a população faz dessa contradição, no momento em que centralidade, disciplina e calma são mais importantes do que nunca.
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