terça-feira, 23 de junho de 2020


23 DE JUNHO DE 2020
RBS BRASÍLIA

O perfil ideal para o MEC

Depois de um ano e meio de paralisia, o Ministério da Educação (MEC) precisa de um titular que não perca tempo em bobagem, consiga executar o orçamento e tenha um mínimo de autonomia. Parece simples, mas os dois nomes que já passaram pela pasta, indicados pela ala ideológica - Ricardo Vélez e Abraham Weintraub -, foram um desastre.

Secretário de Educação do Paraná, Renato Feder foi sondado para a vaga. Empresário e a favor das privatizações, ele tem como padrinho o governador do Estado, Ratinho Júnior (PSD), que é do centrão e aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Os militares gostam de Feder. Integrantes do Conselho Nacional de Educação, ontem, estavam quase aliviados com a possibilidade de conviver com um ministro que entenda a importância do diálogo com secretários estaduais e municipais e que tenha ideia de gestão pública. Consultados pela coluna, no entanto, fazem questão de destacar um ponto: mesmo que o novo ministro seja um nome descolado dos olavistas, ele precisa ter liberdade para trabalhar.

Seria a mesma autonomia assegurada a Tereza Cristina na Agricultura e a Tarcísio de Freitas na Infraestrutura. Esses são exemplos de ministérios do governo Bolsonaro que funcionam. Por que na Educação não pode ser igual?

Do jeito de Weintraub

No dia 12 de julho vencem os mandatos de 12 dos 24 integrantes do Conselho Nacional de Educação. O presidente da República escolhe a metade das vagas de uma lista apresentada pela sociedade civil e a outra parte ele pode indicar diretamente. Antes de deixar o país, Weintraub mandou uma relação para a Casa Civil. Se depender do ex-ministro, nenhum dos atuais conselheiros terá o mandato prorrogado.

Pauta antiga

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Sanderson, afirmou à coluna que a orientação do Planalto é para aprovar hoje, no plenário, o novo texto com as modificações das regras de trânsito. A proposta original do presidente Jair Bolsonaro foi alterada. O uso da cadeirinha, por exemplo, volta a ser obrigatório, e o número máximo de pontos na carteira ganhou uma escala. Os governistas, no entanto, entendem que isso é melhor do que nada.

CAROLINA BAHIA

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