01 de julho de 2015 | N° 18211
DIPLOMACIA EM DEFESA DO PLANETA
Visto segue, mas viajante frequente terá facilidades
O Brasil passará a integrar o programa Global Entry, que
agiliza a entrada de viajantes frequentes nos EUA, como executivos, a partir do
primeiro semestre de 2016. O visto não fica dispensado, mas o viajante passa
por autoridades alfandegárias de forma mais rápida, a partir de guichês eletrônicos.
Ainda é preciso concluir negociações de detalhes, que os
dois países se comprometeram a cumprir para colocar em prática o acordo. Brasil
e EUA não evoluíram nas negociações para liberar os turistas brasileiros da
necessidade de visto, uma intenção antiga, mas ainda sem horizonte para se
tornar concreta.
Mesmo com a continuidade do visto, o governo exaltou a
iniciativa que facilita a entrada de viajantes ao país norteamericano. O
Brasil está prestes a cumprir a meta de ter apenas 3% das solicitações de
vistos recusadas pelos EUA.
No encontro com o colega Barack Obama, a presidente Dilma
Rousseff também citou a assinatura de um acordo previdenciário que vai
beneficiar a comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos. Durante a
declaração conjunta, ambos destacaram a cooperação bilateral em áreas como comércio,
investimentos, educação, defesa, energia e ciência e tecnologia.
LÍDERES DEFENDEM INTERNET TRANSPARENTE E INCLUSIVA
Após dois anos de relações estremecidas devido à espionagem
da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) a Dilma, os presidentes do
Brasil e dos EUA defenderam o entendimento de que a governança da internet deve
ser “transparente e inclusiva”.
A descoberta levou ao cancelamento de uma visita de Estado
prevista para 2013. Em comunicado conjunto, concordaram que o gerenciamento da
rede deverá ter “a participação dos governos, da sociedade civil, do setor
privado e das organizações internacionais”.
A governança da internet passou ser uma das principais
bandeiras de Dilma na política externa desde que se descobriu a espionagem em 2013.
O Brasil propôs duas resoluções à ONU contra a espionagem indiscriminada de
dados. A primeira versão foi aprovada em dezembro de 2013 e a segunda, em
novembro de 2014. Ambas tiveram o apoio da Alemanha.
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