02 DE JANEIRO DE 2024
É DEMÓÓÓÓIS
ÍDOLOS SEM SUCESSO
Devo admitir que a não renovação do Grêmio com Luan foi surpreendente. Imaginava um contrato mínimo de seis meses para uma despedida, semelhante ao que foi feito com Geromel. Mas preciso considerar que não há nada de errado na decisão. O único erro da história foi ter trazido o jogador no ano passado. A atitude do clube em recuperar o cidadão foi louvável, mas o jogador já indicava que não corresponderia diante do longo tempo de inatividade.
Os retornos de Luan, no Grêmio, e Luiz Adriano, no Inter, deixam um ensinamento. A melhor forma de homenagear um ídolo é respeitando a história. Ninguém vai apagar o que os dois fizeram no passado, cada um com sua relevância, mas para contratá-los é preciso considerar muito mais o presente do que o passado. Não contesto aqui a contratação de ex-jogadores e sim quando ela é feita sem levar em consideração o momento do atleta.
GOLEIRO O Grêmio vai contratar um novo camisa 1. Ainda que tenha terminado o Brasileirão como titular, Caíque não será o dono da posição em 2024. Um dos nomes na pauta segue sendo o de Andrada, do Monterrey, do México, mas com passagens por Lanús, Boca Juniors e seleção da Argentina. Da Arábia Saudita vem a informação de que Marcelo Grohe está fora dos planos do Al-Ittihad. É outro nome importante que pode ser considerado pela direção. O argentino leva vantagem no quesito goleiro que joga com os pés, algo que será levado em conta na hora da contratação. É uma das posições indefinidas para a temporada que se inicia na próxima semana. Considero seis titulares certos por enquanto: João Pedro, Kannemann, Villasanti, Pepê, Cristaldo e Nathan Fernandes.
ELEIÇÃO NA CBF O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, e o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ex-vice presidente da CBF, Flávio Zveiter, são os dois pré-candidatos à presidência da entidade. A eleição em janeiro vai acelerar uma série de definições na Seleção Brasileira. Primeiro na escolha de um diretor de competições, cargo vago desde a saída de Juninho Paulista e antes ocupado por Edu Gaspar. Nomes conhecidos como Alexandre Mattos e Rodrigo Caetano estão entre os cotados.
É urgente preencher esse vazio para liderar o processo para a Copa do Mundo, que ocorre daqui dois anos. Depois, na escolha do técnico. Tudo indica que será um profissional que atua no futebol brasileiro. Abel Ferreira e Renato Portaluppi surgem como alternativas fortes, cada um na preferência de cada candidato. Dorival Junior e o próprio Fernando Diniz também são cotados. É preciso mudanças importantes para efetivamente estabelecer o início do ciclo de Copa.
FORÇA BRASILEIRA O último Brasileirão foi o maior de todos os tempos. A edição de 2023 registrou a maior média de público e nos brindou com uma disputa até a última rodada. Por aqui desfilaram Suárez, Hulk, Valencia, Marcelo e Lucas Moura. Para essa temporada, a promessa é ainda maior. Aboubakar e Borré ilustram bem as pretensões na dupla Gre-Nal, por exemplo. Os clubes estão dispostos a investir pesado em contratações, muitos gastando o que não têm. É algo que vai no limite da responsabilidade e da saúde financeira de um clube no Brasil. O torcedor aprecia e vibra com a possibilidade de grandes nomes em seus times. Gustavo Scarpa e Nico de La Cruz fortalecem o seleto grupo de jogadores de outra prateleira. É preciso, no entanto, estabelecer o debate sobre o alto valor investido na compra e em salários com cifras compatíveis ao futebol europeu. Na América do Sul, o Brasil já disparou nessa corrida que parece desleal.
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