O RS no centro da pesquisa médica
Porto Alegre sediou na última semana um evento inédito e internacional de medicina. O simpósio de Neuro-oncologia Pediátrica (1st International Symposium on Pediatric Neuro-oncology) reuniu os maiores especialistas em câncer cerebral em crianças. A plateia era formada por estudantes e médicos. O simpósio foi organizado pelo professor e pesquisador, doutor em bioquímica Rafael Roesler, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Também incluiu o importante depoimento do presidente do Instituto do Câncer Infantil (ICI), médico Algemir Brunetto. O instituto cuida de crianças brasileiras. Por trás do simpósio esteve o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biologia do Câncer Infantil e Oncologia Pediátrica -INCT (BioOncoPed), uma rede internacional de pesquisa em câncer infantil sediada em Porto Alegre.
Na abertura do evento, palestrou o médico Michel Taylor, do hospital de câncer de Houston, no Texas, Estados Unidos. Taylor falou sobre suas pesquisas do meduloblastoma, um tipo de câncer em que ele é especialista. O médico canadense Vijay Ramaswamy também participou do evento. Ele opera e conduz pesquisas no hospital infantil de Toronto. Junto com o doutor Taylor, eles buscam um medicamento capaz de curar o câncer cerebral.
As pesquisas são financiadas a partir da Medulloblastoma Initiative (MBI), uma entidade fundada pelo empresário gaúcho Fernando Goldsztein. O objetivo da filantropia é financiar grupos de pesquisadores nos Estados Unidos, no Canadá e na Alemanha. O Children?s National Hospital possui uma fundação que, a partir de agora, contará com Fernando como conselheiro. O Children?s é sediado na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos, e está na lista dos cinco melhores hospitais infantis americanos.
Os testes financiados pela Meduloblastoma Initiative começam em janeiro, e as perspectivas de se chegar à cura são muito boas para salvar a vida de crianças. O tratamento atual é muito pesado e retarda o desenvolvimento dos órgãos. Que bom seria se tivéssemos um remédio que pudesse reduzir o desgaste do longo tratamento que envolve radioterapia e quimioterapia!
Este tipo de câncer é raro em adultos. Eu mesmo sou um destes casos incomuns. Neste evento, contribuí dando meu depoimento como sobrevivente. Se a pesquisa da MBI tiver sucesso, o medicamento poderá ser usado inclusive em Porto Alegre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário