Nobel contra o negacionismo
Anunciados ontem, na Suécia, os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina em 2023 são os criadores da tecnologia por trás de algumas das principais vacinas contra a covid-19. A decisão não deixa de ser uma resposta ao negacionismo de quem virou as costas para ciência no auge da crise sanitária.
A bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista norte-americano Drew Weissman foram os responsáveis por detalhar a técnica do RNA mensageiro - material genético sintetizado em laboratório cuja função é "levar instruções" para as células e fazer com que elas trabalhem pelo organismo.
As descobertas da dupla foram fundamentais para o desenvolvimento em tempo recorde dos imunizantes. Até então, não havia vacinas registradas com mRNA, que, aliás, devem servir, também, para outras doenças (como o câncer e o HIV).
Muita gente, por conta das fake news (que espalharam mentiras e suposições infundadas), negou-se a receber essas doses - entre elas, os imunizantes da Pfizer e da Moderna, para citar os dois mais conhecidos.
Felizmente, a maioria da população se vacinou. Hoje, sabemos o quanto isso foi vital para conter o vírus, evitar mais mortes e superar as dificuldades.
Pelo alcance e pela importância, o trabalho de Katalin e Weissman merece, sim, uma condecoração do porte do Nobel.
O "pouco" que já faz toda a diferença
O grupo de voluntários que já transformou um beco, uma delegacia, uma escola pública, a sede de uma orquestra, um asilo e outros 10 espaços em Porto Alegre "atacou" de novo. São Pedro ajudou, e a turma do projeto social DU99 - que leva a arquitetura até onde ela não chega - revitalizou, no último sábado, o prédio do Instituto Misturaí (foto), na Capital.
Fundado em 2018, o Misturaí atua na Vila Planetário, onde distribui marmitas e cestas básicas, atende crianças no turno inverso ao da escola, oferece oficinas e mantém uma horta comunitária. É um baita trabalho de inclusão social.
- A gente precisava muito dessa ajuda. Caiu do céu. É uma coisa tipo o programa do Luciano Huck, sabe? Tudo em um dia - diz Mara Luisa Freitas Nunes, a tia Mara, presidente da instituição, feliz da vida.
Cinquenta pessoas participaram da ação, que, a partir de doações de parceiros e apoiadores, renovou a fachada e os ambientes internos. Como diz o lema da DU99, fazer uma pequena parte já é mudar o mundo. Se cada um ajudar com o que tem, todos ganham.
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