10 assuntos no Brasil para prestar atenção neste ano
Depois do guia para navegar pelos assuntos da geopolítica em 2025, a coluna preparou as perspectivas para política, economia, ambiente e meios digitais no país. O ano deve ser marcado pelas articulações para as eleições de 2026. Polêmicas que se iniciaram antes do Réveillon, no entanto, continuarão, como os gastos do governo federal, a autonomia do Banco Central (BC) e a expectativa para a denúncia por parte da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Veja as previsões. _
Reforma ministerial
O ano começa com expectativa de mudanças em, pelo menos, 10 ministérios, em Brasília.
Dança das cadeiras
Saem Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), do comando do Senado e da Câmara, respectivamente. A eleição será em 1º de fevereiro. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) são os favoritos aos cargos.
Gastos do governo
Com o cenário de juros em alta e a desconfiança elevada quanto ao rumo das contas públicas, o tema seguirá desafiando o Palácio do Planalto. Em xeque, a credibilidade do governo.
Autonomia do BC
Com Gabriel Galípolo no comando, o Banco Central terá testado sua autonomia. Precisa ter uma boa relação com o governo, mas não ser governo.
Denúncia contra Bolsonaro
A PGR cogita para janeiro ou, no máximo, fevereiro o oferecimento de denúncia contra os envolvidos em uma tentativa de golpe no país, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Caso Marielle
Os cinco réus do caso Marielle Franco devem ir a julgamento no Supremo Tribunal Federal.
inteligência artificial e redes sociais
A discussão sobre a possibilidade de responsabilização das big techs por conteúdos de terceiros será retomada no Supremo. A decisão da Meta de acabar com a checagem nos EUA já é pauta no Brasil. Será o ano também em que a inteligência artificial aterrissará no dia a dia.
De olho em 2026
Os movimentos políticos terão como meta as eleições de 2026. Direita e esquerda enfrentam o desafio de apresentar novos nomes. O debate será a candidatura ou não de Lula. Na oposição, alternativas a Jair Bolsonaro, inelegível.
Jornada de trabalho
O fim da escala 6 x 1, debate que tomou o noticiário em 2024, deve ser retomado com força no Congresso e nas redes sociais.
COP30 e Trump
A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em Belém, no Pará, a COP30, será o grande desafio logístico, ambiental e diplomático brasileiro. Equilibrar-se entre China e EUA, com Donald Trump no poder, também não será fácil.
Os desejos de expansão de Trump
Por trás dessa atitude, há interesses securitários, econômicos e, principalmente, políticos.
O primeiro ponto é o slogan de Trump, "America First" - em tradução livre, "América em primeiro lugar". A ideia, apesar de ganhar mais notoriedade durante as guerras, nasceu com Thomas Jefferson, nos idos dos anos de 1800. A premissa é de usar a força dos EUA para interesses nacionais, mesmo que, para isso, seja necessário "brigar" com potências aliadas que sejam mais fracas.
Há também a crença de Trump de que os EUA devam exercer sua influência. Ele também adota a ideia de que alguns líderes buscam perseguir agressivamente objetivos externos para se autofortalecer internamente.
A chance de o republicano atingir o que vem bradando é nula, principalmente no caso do Canadá, um país independente.
A Groenlândia atrai Trump e os falcões que irão compor sua administração pelo ponto de vista da segurança, já que o território fica em um ponto estratégico até mesmo para repelir um possível ataque da Rússia. Há, também, interesses nos minerais em terra e nas rotas marítimas reveladas a partir do derretimento de geleiras no Polo Norte.
Sobre o Canal do Panamá, a grande reclamação do republicano reside nos altos valores cobrados de embarcações americanas que cruzam a via. Já sobre o Canadá, a eventual anexação não se daria sem guerra, obviamente.
Mas, tudo não passa de bravatas, completamente descoladas da realidade. Não haveria anexação de qualquer um desses territórios sem conflito armado. _
O debate para implementação da lei que restringe o uso do celular nas escolas deve ser técnico. Pais, estudantes e educadores precisam evitar a ideologização.
Presidência reeleita
O presidente do Conselho Regional de Administração do RS (CRA-RS), Flávio Abreu, foi reeleito ontem para o biênio 2025/26. Os administradores Júlio Abrantes, Marcelo Nichele, Odete Marcante, Luciana Barbosa, e Mônica Couto completam a nova diretoria executiva. Atualmente, o CRA-RS conta com cerca de 33 mil registrados. _
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