quinta-feira, 23 de janeiro de 2025



23 de Janeiro de 2025
GPS DA ECONOMIA

Trump pressionou, Trump aliviou

O dólar desceu abaixo de R$ 6 ainda no meio da manhã, chegou a voltar, mas fechou em queda - desta vez, não foi oscilação para baixo - de 1,4%, para R$ 5,946. Foram 42 dias acima da barreira psicológica. O alívio veio de onde antes havia pressão: a promessa de campanha de Donald Trump de elevar tarifas, ou seja, os impostos sobre produtos importados.

A medida teria grande potencial de abalo no câmbio. Como não foi implementada, apenas usada como instrumento de ameaça em negociações comerciais, agora retira esse fator de pressão. Amedrontar Canadá e México com tarifa de 25% teria como objetivo mudar (a favor dos americanos, claro) as regras do Acordo EUA-México-Canadá, que tem revisão prevista para 2026. No caso das importações chinesas, uma negociação pode estar relacionada a acordo sobre a propriedade do TikTok.

Tarifa para China: de 60% para 10%

Banrisul de volta a grandes empresas

O Banrisul formaliza hoje uma mudança de seu "posicionamento comercial". A expressão não é óbvia no caso de um banco, mas como seu principal produto é crédito, é simples: o banco estadual vai alterar as regras para a concessão de empréstimo. A mais relevante deve ser a volta ao financiamento de grandes empresas. Na gestão anterior, o foco era o de diluição de risco, com a concentração da carteira de crédito em pequenas operações.

Se por um lado essa estratégia deu conforto ao banco gaúcho quando o sistema financeiro teve ressaca com a concessão de empréstimos na época da pandemia, por outro era vista como excessivamente cautelosa e apontada como uma das causas de a carteira de crédito não crescer.

Um dos motivos para a mudança é acelerar o crescimento da carteira de crédito, sobretudo em um momento de forte alta do juro, que limita o acesso a financiamento de empresas menores.

Marta Sfredo

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