quinta-feira, 30 de janeiro de 2025



30 de Janeiro de 2025
INFORME ESPECIAL

IA e a grande disputa geopolítica

Com o esfacelamento da URSS e o fim do período unipolar, em que os Estados Unidos lideraram a ordem global, a China emergiu como a grande rival dos EUA: é a segunda maior economia do mundo, tem um projeto alternativo de globalização, por meio da Belt and Road Initiative ("Nova Rota da Seda), questiona a liderança americana nos organismos internacionais e exibe uma cada vez mais formidável máquina militar. Foi no governo Barack Obama que os EUA estabeleceram o "pivot para a Ásia" para contrabalançar, com investimentos e efetivo militar, a influência chinesa na Ásia, mas o flexionar de músculos continuou com Donald Trump, que declarou a China, junto com a Rússia, potência "revanchista".

Para o republicano, o dragão asiático virou a encarnação de todos os males: da mudança de empresas americanas para a Ásia, em busca de mão de obra barata, o que deixou desertos em cidades americanas outrora santuários da indústria, passando pela guerra comercial e chegando ao "vírus chinês" (como Trump classificou o H1N1).

Em seu primeiro mandato, o republicano elegeu a Huawei a inimiga número 1 do Ocidente, acusando-a de roubar informações para o Partido Comunista Chinês. A caçada às companhias continuou com Joe Biden tendo o TikTok como alvo e chegará, não duvidem, a High-Flyer, startup que desenvolveu o DeepSeek. Depois de reeditar a debandada dos EUA dos organismos multilaterais, como a OMS, de rasgar a agenda do clima, de implementar sua controversa política migratória, Trump 2.0, turbinado pelo apoio das big techs nacionais, já pode virar a página para o próximo capítulo do seu manual de governo: mirar a China. 

Bandas gaúchas e o discurso de ódio

O documento apontou o crescimento do número de bandas brasileiras neonazistas. Há 15 anos, havia 45 grupos, mas atualmente, existem 125 no país.

O relatório revela ainda que as bandas estão em plataformas musicais e costumam promover festas clandestinas. Elas participam ainda de um canal terrorista no Telegram, chamado de Terrorgram, que reúne principalmente supremacistas brancos, que buscam recrutar jovens para ações extremistas.

O deputado estadual Leonel Radde (PT) promete atuar para aprofundar a investigação. O gabinete conta com um canal de denúncias chamado internamente de "Bastardos Inglórios". Segundo o parlamentar, em parceria com a Polícia Civil, foram identificados 60 neonazistas, com cancelamentos de shows e festivais, prisões e apreensões. Denúncias podem ser enviadas pelo WhatsApp para (51) 99676-0718 (sigilo garantido). _

A Associação Brasileira de Imprensa, com o apoio do Instituto Vladimir Herzog, institui 2025 como o Ano Vladimir Herzog. A ação faz referência ao aniversário de 50 anos do assassinato do jornalista, no dia 25 de outubro de 1975.

"Em nenhum momento agimos com deboche"

- Nessa nossa última saída, teve um recorte descontextualizado de uma cena que realizamos no Bloco há mais de 10 anos e gerou uma polêmica com uma década de atraso. E essa performance executamos a música "Pregadão". Ela nos convida a tirar Jesus da cruz. Então, na cena temos o ator de terno e gravata, aparentemente um homem comum que se despe e revela a sua identidade de Jesus. E quando cantamos a música, Jesus é literalmente tirado da cruz e carregado nos braços do povo. A questão é: o quão ofensivo é tirar Jesus da cruz se vivemos nessa época em que essa postura de crucificação está tão presente? E nessa cena vemos que temos a oportunidade de descer da cruz do ódio, do preconceito, da culpa. E brincar, e fazer com que Jesus brinque com o povo. Em nenhum momento agimos com deboche. _

Rodrigo Lopes

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