Incompetência do governo e má-fé da oposição
A mentira repetida tantas vezes nas redes sociais virou verdade para milhões de brasileiros, e o governo foi obrigado a revogar a medida que colocava uma lupa sobre as movimentações financeiras, incluindo o Pix. Foi uma capitulação que ilustra uma das afirmações do novo ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, que disse, com outras palavras, que o governo precisava ser mais ágil; que na era digital ainda se comunicava de forma analógica.
O caso do Pix é exemplar. A determinação para as instituições financeiras informarem transações acima de R$ 5 mil foi comunicada de forma burocrática. Nas mãos de opositores oportunistas, virou uma arma contra o governo.
Deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) fizeram vídeos mentirosos, uns dizendo que o governo iria taxar o Pix, outros que estava coletando dados para cobrar imposto de pedreiro, carpinteiro, verdureiro e outros trabalhadores informais.
Boato acima do fato
De nada adiantaram as explicações da Receita Federal, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos especialistas em economia. O boato se sobrepôs ao fato. As movimentações com Pix despencaram, seja por medo do Fisco, seja pelo temor de que as transações acima de R$ 5 mil seriam taxadas.
Vendo que perdera a batalha da comunicação, Haddad não teve saída. Revogou a orientação anterior e anunciou a edição de uma medida provisória para reforçar as regras já existentes.
E o que fizeram alguns deputados? Passaram a se gabar de ter conseguido derrubar o que nunca existiu. Usaram o recuo do governo para se promover e dizer que tinham razão. São os mesmos que, quando se fala em algum tipo de regulação nas redes sociais se esganiçam dizendo que estamos vivendo a ditadura de toga ou que "querem acabar com a liberdade de expressão".
Ora, liberdade de expressão não é liberdade para mentir, distorcer, enganar e tumultuar o cenário econômico com fake news. O nome disso é má-fé, mas também podem chamar de falta de caráter. _
À CNN, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou duas informações dadas pela coluna na semana passada: a sigla deve se fundir a outro partido e pretende lançar o governador Eduardo Leite a presidente em 2026.
Arita libera recursos para hospitais na região de Brito
Na condição de governador interino, o presidente da Assembleia, Adolfo Brito (PP), desembarcou em sua terra, Sobradinho, para dar a notícia de que o Hospital São João Evangelista receberá R$ 150 mil para comprar equipamentos necessários à reabertura do bloco cirúrgico. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, assinou a portaria que prevê o repasse à prefeitura.
À tarde, Arita e Brito foram a Candelária para assinar o repasse de R$ 885,9 mil, para a compra de um novo mamógrafo pelo hospital local. _
Prefeita de Eldorado oferece novo terreno para moradias
Com 15 dias à frente da prefeitura de Eldorado do Sul, Juliana Carvalho mostrou que será uma "desatadora de nós". Inconformada com o fato de o município não ter conseguido indicar um local para a montagem das moradias temporárias para famílias que perderam as casas na enchente, ela ofereceu um terreno próximo à divisa com Guaíba.
A área indicada pela administração anterior ficava em uma área sujeita a alagamentos e, por isso, seria preciso fazer uma intervenção.
Até o final de março, 125 famílias deverão estar alojadas, enquanto esperam pelas casas definitivas. O Estado investirá R$ 1,4 milhão na preparação do terreno. _
Deputados do RS na posse de Trump
São 21 os deputados brasileiros que devem participar da posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos, na segunda-feira. Na comitiva que vai a Washington, estarão três parlamentares gaúchos: Giovani Cherini (PL), Marcel van Hattem (Novo) e Maurício Marcon (Podemos).
Cherini participará, ainda no domingo, de um brunch com um conselheiro de Trump e de um comício. Na segunda-feira, comparecerá à cerimônia de posse no Capitólio e a um baile com a presença de chefes de Estado e diplomatas - o evento não é oficial da Casa Branca .
Já Marcon e Van Hattem devem participar apenas da cerimônia de posse presidencial, como cidadãos.
Os parlamentares afirmam que a viagem aos EUA será paga com recursos próprios, sem dinheiro público.
Leite banca Raquel na Seduc
A pressão de aliados do governo pela substituição da secretária da Educação, Raquel Teixeira, não deu resultado. O governador Eduardo Leite está decidido a manter a professora goiana na Seduc, confiante de que os resultados do trabalho realizado por ela nos últimos seis anos vão aparecer no Ideb de 2025.
Para prestigiá-la, Leite deve comparecer ao evento de posse dos novos diretores, no Auditório Araújo Vianna, antes mesmo de reassumir o cargo. Ele retorna das férias hoje, depois de um período no Exterior.
O otimismo é fruto de uma série de medidas adotadas por Raquel, como as novas exigências para os diretores e a definição de metas, escola por escola, para que o desempenho dos alunos melhore.
Quando Raquel chegou ao Rio Grande do Sul, sucedendo a Faisal Karam, encontrou um deserto de dados. A secretaria desconhecia a situação dos colégios. Hoje, Raquel tem no celular os dados não só das escolas, mas de todos os alunos da rede estadual.
O desafio neste ano é vencer as resistências. A secretária cita o caso de escolas com índices altíssimos de reprovação e que nem por isso conseguiram evoluir no Ideb. O discurso dela, de que é preciso esgotar todos os recursos para que o estudante aprenda, não é bem recebido por parte dos professores. _
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