terça-feira, 14 de janeiro de 2025



14 de Janeiro de 2025
GPS DA ECONOMIA - Marta Sfredo

Trump já condiciona grandes corporações

A rendição incondicional de Mark Zuckerberg a Donald Trump, com a mudança na política de checagem de Facebook, Instagram e Threads, não é a única. Uma reação em cadeia provoca mudanças em estratégias corporativas de empresas americanas, embora ainda falte uma semana para a posse do segundo mandato do ex-presidente.

Para lembrar, no caso da Meta de Zuckerberg, Trump disse que suas ameaças "provavelmente" haviam influenciado na decisão. E o terceiro homem mais rico do mundo nem tentou disfarçar, chegou a citar a disposição de "trabalhar com o presidente Trump para nos opor ("push back" no original) aos governos de todo o mundo".

Aderindo a um movimento iniciado dias atrás por grandes bancos, uma das maiores gestoras de investimento do mundo, a BlackRock, que tem US$ 11 trilhões sob seus cuidados, anunciou sua saída de uma aliança climática comprometida com o Acordo de Paris - do qual se teme que Trump volte a retirar os EUA - e a descarbonização da economia.

Efeito cascata

Bancos como Citigroup, Bank of America, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley, fizeram o mesmo entre o final de 2024 e o início deste ano. Analistas interpretam os sinais como tentativa de fugir do confronto com Trump, que toma posse no dia 20.

Em comum, essas poderosas corporações têm fragilidades perante o governo dos EUA. Em novembro, três das maiores gestoras de investimentos dos EUA (BlackRock, State Street e Vanguard) foram alvo de ações antitruste de Estados americanos governados por republicanos.

Em texto no LinkedIn, Fabio Alperowitch, criador de um fundo direcionado a investimentos em empresas éticas e responsáveis, observa que, por sua posição no setor e história recente de defesa da incorporação dos riscos climáticos em decisões financeiras, a adesão da BlackRock "enfraquece o ecossistema de cooperação que ajudou a construir".

Difícil pensar como será depois da posse. 

Em busca de petróleo no litoral gaúcho

Um informe enviado a mestres de pesca com atuação na Bacia de Pelotas esclarece por onde anda o navio que procura petróleo no litoral gaúcho: na coordenada 34°37?00.50"S 49°48?39.61"W (veja mapa acima).

A localização fica a cerca de 530 quilômetros de Porto Alegre e a 350 quilômetros do porto de Rio Grande em linha reta, com base em cálculo da coluna feito com uso de plataforma do Google. E para evitar confusão: sim, são águas brasileiras. A atividade é realizada sobre os 35 blocos leiloados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre Rio Grande e Chuí.

O comunicado é das 18h15min de 8 de janeiro e declara a posição do SW Empress, um dos navios sísmicos mais avançados do mundo, caracterizado pelo casco azul e superestrutura branca, com apoio dos navios Borea-G e Ocean Route. A embarcação tem 122 metros de comprimento - o equivalente a cerca de uma quadra - e 22 metros na sua parte mais larga.

Levantamento sísmico

O trabalho é realizado pela empresa norueguesa Shearwater, que anunciou no dia 7 o início da segunda etapa do levantamento sísmico 3D, em parceria com a Searcher Seismic. _

Voo para Recife a partir de abril

A partir de 7 de abril, a Azul vai passar a ofertar voos diários entre Porto Alegre e Recife. As vendas se iniciam amanhã.

Os voos serão operados por aeronaves Embraer E2, com capacidade para 136 passageiros. Haverá saídas de Porto Alegre às 2h50min e 12h50min. Já de Recife, às 7h30min e 17h30min. A viagem dura, em média, quatro horas.

Com a nova rota entre as capitais gaúcha e pernambucana, a Azul vai passar a atender 11 destinos a partir do aeroporto Salgado Filho. _

escolhas

Com datas já confirmadas (3 e 4 de abril, na PUCRS), o Fórum da Liberdade, que reúne expoentes do pensamento liberal, terá como tema de sua 38ª edição "Coragem para escolher". Conforme a presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), que organiza o evento, Paola Coser Magnani, o tema se relaciona com o que será debatido: a importância, os obstáculos - como a desinformação - e as consequências das escolhas individuais.

Até quanto você pretende investir em um imóvel?

Conforme o gerente de dados da empresa, Fábio Takahashi, a enchente de maio ainda influi na intenção de compra em Porto Alegre. É bom lembrar que, no mercado de aluguel, a cheia trouxe altas históricas no preço, com aumento acumulado em 12 meses em dezembro de 14,92%.

- Catástrofes fazem com que as pessoas valorizem mais aspectos como segurança. A exemplo da pandemia, as pessoas passam a desejar o melhor imóvel, na melhor localização, e sabem que isso tem um custo - diz Takahashi.

Por outro lado, quase metade dos entrevistados em Porto Alegre (45%) tem intenção de gastar até R$ 350 mil para adquirir moradia. O valor é abaixo do esperado por vendedores que, em sua maioria (47%), desejam receber entre R$ 351 mil e R$ 800 mil.

Apesar da diferença de expectativas, há espaço para negociação: 62% dos vendedores de Porto Alegre responderam que estariam dispostos a conceder descontos, dos quais 40% disseram abrir mão de até R$ 50 mil do valor total.

O estudo, realizado entre outubro e novembro passado, ainda teve parceria com a Offerwise. A amostra é de 1,2 mil entrevistas nas quatro capitais. _

GPS DA ECONOMIA

Nenhum comentário: