quarta-feira, 13 de abril de 2011



13 de abril de 2011 | N° 16669
PAULO SANT’ANA


A segunda opinião

Há um consenso entre os médicos de que os pacientes têm direito a uma segunda opinião.

Ou seja, um médico faz o diagnóstico da doença, prescreve que ela será atacada com remédios ou outros tratamentos, quem sabe cirurgia, mas o paciente pode, sem ferir suscetibilidade do médico prescritor, ir consultar outro médico para saber se as duas opiniões coincidem ou abrem uma divergência digna de avaliação.

Há médicos que até, com a finalidade de segurança para o seu diagnóstico, fazem questão de que o paciente busque uma segunda opinião.

E, para o paciente, a vantagem é que ele não fica dependente só de um lado, sujeito a erro ou incompletude.

Pois bem, meu antigo amigo Farias era casado já por 12 anos. Veio a fadiga dos metais e Farias acabou se separando.

Encontrei-o esses dias e ele estava realmente satisfeito: “Olha, Sant’Ana, casei-me pela segunda vez. Já faz uns dois anos”.

“Mas o que te levou a casar com outra?”, perguntei ao Farias.

E ele me foi categórico: “Eu andava ansiando há tempo por uma segunda opinião”.

Mudando de assunto, socorro, socorro, eu não estou mais suportando a loucura do trânsito de Porto Alegre.

De repente, grande parte dos motoristas da nossa cidade resolveu dirigir irresponsavelmente, em busca de vantagens espúrias no trânsito.

Está de um jeito o nosso trânsito, que a gente tem de se cuidar muito mais do carro que vem atrás de nós do que do carro que vai na nossa frente.

Os caras estão querendo passar à frente da gente de qualquer maneira, seja no engarrafamento, seja no fluxo folgado.

Metem-se em fendas (espaços) entre as faixas de maneira a corar frades.

Há uma obsessão por passar à frente, de qualquer maneira, mesmo que não haja espaço.

Há uns motoristas que mostram conduta deselegante. Outros, no entanto, agem agressivamente, cortam a frente da gente com ousadia mais feroz do que intrépida.
Grande parte dos motoristas porto-alegrenses é mal-educada e predisposta à violência e ao autoritarismo ao volante.

Deviam imitar os motoristas paulistanos, cordiais, gentis, atenciosos.

Um leitor manda dizer que tentou ser atendido em três postos de saúde em Cachoeirinha, para fazer exames no pulmão, mas em vão. Nada de atendimento.

Dirigiu-se ao Postão do IAPI, em Porto Alegre, onde teve atendimento VIP, pelo SUS.

Ainda resta um pouco de esperança.

Um pensamento que me veio de repente, num lampejo: é muito mais útil e interessante um medíocre boa gente do que um brilhante se for mau-caráter.

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