21 DE JUNHO DE 2023
POLÍTICA +
Piratini obtém vitória robusta no projeto do IPE Saúde
Os deputados Felipe Camozzato (Novo), Capitão Martim (Republicanos) e Cláudio Branchieri (Podemos) estão buscando apoio de colegas para abrir uma CPI que investigue o bloqueio no acesso à Assembleia ontem, que consideram um ato antidemocrático. São necessárias ao menos 19 assinaturas para instalar a comissão.
Prometida na campanha eleitoral pelo governador Eduardo Leite, a reestruturação do IPE Saúde foi aprovada ontem pela Assembleia, o que representa o maior triunfo político do Palácio Piratini no Legislativo em 2023.
Foram 36 votos favoráveis ao projeto, oito a mais do que o mínimo necessário, e que seriam suficientes para aprovar até mesmo uma emenda constitucional.
Afora os parlamentares de PT, PSOL e PCdoB, apenas Adriana Lara (PL) e Gustavo Victorino (Republicanos) votaram contra. Adolfo Brito (PP) e Rodrigo Lorenzoni (PL) se abstiveram. Os demais deputados da base aliada e independentes votaram com o governo.
Após suavizar o projeto, sobretudo com a trava de contribuição de 12% da remuneração dos servidores, o governo obteve margem necessária para aprovação em plenário, mas teve de lidar com um obstáculo adicional: o protesto dos sindicalistas que cercaram a Assembleia desde o início da manhã de ontem e tentaram impedir a realização da sessão plenária.
Do ponto de vista prático, a manifestação dos servidores surtiu pouco efeito. Pelo contrário: mesmo deputados que ainda queriam mudanças no texto ficaram incomodados com o bloqueio do acesso ao parlamento.
Com a sanção da lei, que deve ocorrer nos próximos dias, caberá ao governo e à gestão do IPE Saúde colocar em prática as promessas feitas na apresentação da reforma. Nessa lista, estão o equilíbrio financeiro do instituto, a melhoria na assistência aos servidores e dependentes, a implementação de medidas de prevenção e o reajuste nos honorários dos médicos credenciados.
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