13 DE JUNHO DE 2023
CHAMOU ATENÇÃO
Um perigo que vem do alto
O vulcão Mayon, o mais ativo das Filipinas, estava expelindo lava por suas encostas ontem, levando autoridades a emitir um alerta a dezenas de milhares de moradores para se prepararem para sair de suas casas. Mais de 13 mil pessoas deixaram as comunidades agrícolas em um raio de seis quilômetros da cratera do vulcão desde que a atividade vulcânica aumentou na semana passada.
Agora o alerta, que chama a atenção para o risco de a erupção suave se transformar em uma explosão violenta e com risco de vida, é para a parcela de residentes que permanece na zona de perigo. Embora seja proibida para moradia há décadas, a área é ocupada por pessoas que não têm outro lugar para ir.
Com o vulcão começando a expelir lava na noite de domingo, a zona de alto risco ao redor de Mayon pode ser expandida caso a erupção se torne violenta, disse Teresito Bacolcol, diretor do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia. Ele alegou que, se isso acontecer, as pessoas em qualquer zona de perigo expandida devem estar preparadas para evacuar para abrigos de emergência.
- O que estamos vendo agora é uma erupção efusiva - disse.
Com as lavas fluindo, pessoas saíram apressadamente de restaurantes e bares em um calçadão à beira-mar de Legazpi, capital da província de Albay, a cerca de 14 quilômetros de Mayon, no domingo. Conhecido por sua pitoresca forma cônica, o vulcão é uma atração turística popular no país.
Risco
Com seu pico muitas vezes envolto por nuvens, o vulcão de 2.462 metros parecia calmo ontem e não podia ser facilmente visto sob o sol forte. O nível de alerta foi acionado em três, em um sistema que vai até cinco, na quinta-feira, o que significa que o vulcão estava em estado de grande agitação e uma erupção perigosa é possível em semanas ou dias.
Com a lava fluindo suavemente do vulcão, Bacolcol disse que o nível de alerta permaneceria em três, mas poderia ser elevado.
A situação, porém, já causa sofrimento para pessoas que foram obrigadas a sair de casa. Uma mulher, Amelia Morales, de 46 anos, perdeu o marido na sexta-feira por conta de um aneurisma cerebral e não pôde enterrá-lo porque ela e seus vizinhos receberam ordens de ficar longe de sua comunidade perto de Mayon.
A última erupção violenta do Mayon foi em 2018. Em 1814, a erupção do Mayon enterrou aldeias inteiras e deixou mais de mil mortos.
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