Um filme sobre o refúgio de Lutz
O lugar que José Lutzenberger - um dos nossos grandes ambientalistas, falecido em 2002 - transformou em refúgio, santuário e exemplo de cuidado com a natureza, virou tema de filme. Sociedade Regenerativa estreia na próxima terça-feira, às 19h, com entrada franca, na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre. A sessão terá a presença da equipe e de dois depoentes: Lara Lutzenberger, biólogoa e filha de Lutz, e Rualdo Menegat, geólogo e professor da UFRGS (foto).
Dirigida por Pedro Zimmermann, a película - que também tem depoimentos do líder indígena Ailton Krenak e do escritor e biólogo Mia Couto -, conta a história do Rincão Gaia, em Rio Pardo. A propriedade é o fio condutor de uma série de reflexões sobre a relação entre humanos e meio ambiente. É uma aula de respeito e humildade, em que a Terra é tratada como deve: um organismo vivo e único.
O nome certo no lugar certo
Médico, escritor, mecenas e colecionador de arte, Gilberto Schwartsmann, novo presidente da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Fospa), é um velho conhecido no meio artístico gaúcho. Apaixonado por tudo o que emana da cultura, o oncologista de 67 anos, nascido em Passo Fundo e criado na Capital, foi escolhido pelo governador Eduardo Leite para liderar um dos mais icônicos patrimônios do Rio Grande do Sul. E é o nome certo para a função.
O anúncio, feito por Leite na Biblioteca Pública do Estado (BPE), na noite da última quarta-feira, pegou Gilberto de surpresa. Os dois estavam sentados juntos, quando o governador perguntou ao médico se ele de fato havia deixado o comando das associações de amigos da biblioteca e do Theatro São Pedro.
- Eu confirmei. Depois, o governador fez um discurso e, ao final, a queima-roupa, perguntou se eu aceitaria presidir a Ospa. Foi emocionante. É um sonho que sempre tive. Amo a orquestra desde adolescente. Eu quase me joguei no colo dele para agradecer - brinca o professor de Medicina da UFRGS, que, nos tempos de estudante, animava os colegas tocando piano no intervalo das aulas (detalhe: ele tem sete pianos e toca jazz e MPB de ouvido).
Ao longo das décadas, Gilberto testemunhou de perto os altos e baixos da orquestra, que hoje vive um novo momento. Após anos de desfalque, a Ospa finalmente voltou a se apresentar com o elenco completo, isso sem falar da direção artística impecável do maestro Evandro Matté - a quem, aliás, o novo presidente se derrama em elogios.
Assim que assumir o cargo, Gilberto planeja se encontrar com Matté e os músicos para ouvir suas demandas.
- Vou ajudar no que for preciso. A orquestra tem de ser valorizada e os músicos, reconhecidos. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance. Vou fazer o melhor que posso - promete o mecenas, empolgado feito um guri.
Nenhum comentário:
Postar um comentário