Inovação no setor público em debate
Porto Alegre será o centro de um debate pungente nesta semana, sobre inovação no setor público. Na quinta e na sexta-feira, a Capital vai receber gente de todo o Brasil no GovTech Summit, um evento voltado a soluções tecnológicas para governos.
Essa é uma discussão que ganha menos atenção do que deveria. Na prática, significa tornar a máquina estatal - burocrática e lenta por natureza - mais eficiente, mais rápida, mais digital.
Como fazer isso? Essa é a "pergunta de um milhão de dólares", que precisa ser respondida com os pés fincados na vida real, porque de nada adianta criar sites vistosos, discursos bonitos e aplicativos que prometem maravilhas, se as ferramentas não funcionam e se não são usadas.
O fórum marcado para a próxima semana trará à cidade gestores municipais, estaduais e federais, pesquisadores, líderes setoriais e representantes de startups especializadas no segmento. A relação entre essas empresas e a administração pública ficou mais fácil desde a aprovação do marco legal do setor, em 2021, e isso tem ajudado a acelerar a transformação digital no país.
- Estamos muito animados com o evento, porque vamos ter algumas das pessoas que mais entendem do tema no Brasil e vamos conseguir mostrar exemplos bem-sucedidos que podem servir de inspiração, como o caso de Recife - diz Gabriel Fuscaldo (foto), diretor do GovTech Summit e CEO da Moove, agência à frente do encontro, que tem apoio da prefeitura da Capital e de uma série de empresas e entidades.
O evento será realizado no espaço Nau Live Spaces, que fica no 4º Distrito, não por acaso, principal polo de inovação de Porto Alegre. Para saber mais, é só acessar o site govtechsummit.com.br.
O "gauchês" no ChatGPT
Desde que surgiu, o ChatGPT tem motivado muita curiosidade, afinal, o aplicativo de inteligência artificial é capaz de responder sobre qualquer coisa e escrever textos sobre temas infinitos. Mas como será que ele se vira com o nosso "gauchês"?
A plataforma de aprendizado de idiomas Preply decidiu testar os conhecimentos do robô sobre expressões regionais. Resultado: embora entenda a maioria das gírias gaúchas, o app levou "bucha" em 22% das palavras testadas. Soube traduzir a expressão "bah", que tem diferentes significados, mas se atrapalhou, por exemplo, com o termo "magrão", que definiu apenas como característica física, quando, no jargão popular, é usado para chamar um sujeito de forma amigável.
O aplicativo também não captou bem a gíria "trovador", restringindo a palavra ao ato de declamar ou cantar versos. Não está errado, mas aqui um "trovador" também é um baita de um mentiroso.
Ao ser solicitado a conversar usando vocábulos gaúchos, o GPT se saiu melhor. Ele mencionou o frio e fez um convite para "matear e prosear um pouco". Curioso, né?
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