Cuidados necessários no relacionamento
Intimidade não é desleixo. Viver junto não significa expor a higiene pessoal. Às vezes, pelo pretexto da preguiça, destruímos qualquer imagem sensual a nosso respeito. Derrubamos todo o passado heroico da conquista. Rifamos nossos méritos da sedução. Passamos a tratar a esposa ou o marido como nossa metade indissociável e não mais protegemos o desejo com o respeito e a educação.
Não vale ter um Dia dos Namorados perfeito se nos demais dias você peca com a desatenção básica de sua aparência.
Há certas atitudes desagradáveis no relacionamento que devem ser evitadas. O amor não precisa enxergar tudo. Ou saber de tudo. Elaborei um manual de bons modos. Vamos aos desvios cruciais da convivência, capazes de desanimar os perfis mais encarnados e devotos: - Cortar unhas fora do banheiro. Você vê pelo sofá algo que parece um caco de vidro, pega na mão e descobre que é uma unha. Não é uma experiência inspiradora. É de cortar o coração!
- Abandonar o fio dental na cama. Por que diabos alguém passou o fio dental longe do espelho? Acabou de se sentar nele. Está lá o fio verde, o barbante da higiene debaixo de seu traseiro, perdido entre os lençóis brancos. Você retira todas as cobertas da frente para verificar se a cama não virou uma lixeira.
- Descobrir que a sua escova de dente está encharcada. Não há dúvidas de que foi indevidamente usada. Nem precisa perguntar, até porque seu par vai negar, como sempre. O que assusta é que ele anda se confundindo com diferenças óbvias. Sua escova é vermelha e a dele é azul. Trocar as cores numa próxima compra não aplacará a invasão.
- Largar chicletes secos em cima da mesinha do escritório. Quem vê até pensa que é uma borrachinha mimosa de lápis e pega na mão: tarde demais. É uma inspeção que desemboca no nojinho. Lembra o cemitério de goma de mascar debaixo da classe na escola. - Deixar a pia do banheiro cheia de pelos após se barbear. Ou legar tufos de cabelos às paredes do box. Além de entupir o ralo, obriga o cônjuge a uma limpeza imediata.
- Não culpar o refrigerante por arrotar na frente do outro. Nem culpar o que comeu por flatulências tendo a companhia ao seu lado. - Querer tirar cravos e espinhas do seu parceiro ou parceira. Não é porque a pessoa o ama que não vai infeccionar.
- Dispensar o uso do cinto na calça. Os agachamentos domésticos serão poses monstruosas, com o cofrinho à mostra. Você fica confuso entre olhar, avisar ou colocar uma moeda ali.
- Abandonar a cueca embolada com a calça no cesto de roupa suja. Não desmembrou peça por peça, delegando a triagem a um terceiro. A vistoria pode ser inesquecível, no mau sentido. - Ir ao banheiro de porta aberta. Não importa que seja para 0,5; 1; 1,5; ou 2. É o terror da falta de privacidade.
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