sexta-feira, 13 de março de 2009


Jaime Cimenti

E palavras...

O beletrista e imortal senador José Sarney ultimamente não tem dado entrevistas. Por que será, hem? Um coleguinha da impresa gaúcha acha que o homem está com medo de falar. Faz alguns dias, em uma manifestação rara e econômica, ele disse que é preciso restaurar a imagem do Senado.

Acho que eu, as torcidas do Flamengo e do Internacional e os demais brasileiros concordamos com Sarney. Vamos combinar que é mesmo preciso dar umas mudadas na Câmara alta. Aqueles tons de azul no salão, não sei, talvez ficasse mais moderno, up-to-date, e vitorioso repaginar para uns tons avermelhados, com detalhes em branco.

Até no Carnaval do Rio deu vermelho e branco. Só dá vermelho e branco no planeta Terra. Vermelho, de mais a mais, é cor de cabelo de bruxa e hoje é sexta-feira treze, mas isso não tem muito a ver. Ou tem? Cabelos? Imagem nova no Senado? A cor do cabelo do Fernando Collor poderia ser outra. Quem sabe?

Quem sabe negro como as asas da graúna? Tipo os do Jader Barbalho. A tintura do cabelo e do bigode do Sarney está mais ou menos, acho. Mas quem sabe ele usa barba para aumentar a austeridade e ajudar a enfrentar a liturgia do pesado cargo de presidente da Casa?

A imagem solitária de Jarbas Vasconcelos ficaria mais adequada se alguns colegas o acompanhassem em sua luta santa por melhores caminhos. Na santa cabeleira branca de São Pedro Simon é melhor que não se mexa. Aquelas cãs são como páginas em branco para reescrever a história do Conselho Supremo de Estado. E que tal uma peruca para o Renan Calheiros?

Pois é, precisamos nos unir, não podemos nos dispersar, como disse o doutor Tancredo. Todos devemos colaborar com sugestões para a mudança de imagem do Senado. Não deixem o Sarney e o Collor a sós, digo, sós. Mande seu imeil. Agora, photoshop, por favor, não! Piercings, brincos, maquiagem e tatuagens para os caras acho que também não.

Ao menos durante a parte do dia ou, ao menos por enquanto, melhor não. Menos, né? Os senadores são vetustos senhores afamiliados. Fala sério, estamos tratando, senhores colegas e senhor presidente do conspícuo e laborioso Senado da República brasileira. Olha o Senado aí, gente! Olha o respeito com suas excelências aí gente! E tenho dito!

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