Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 19 de março de 2009
19 de março de 2009
N° 15912 - LETICIA WIERZCHOWSKI
Sábado não
Tem dias que é melhor a gente nem sair da cama. Opção que não está ao meu alcance, pois temos aqui em casa um bebê madrugador. Esta crônica, porém, não é sobre bebês, mas sobre aqueles dias onde tudo dá errado.
Este último sábado, por exemplo. Acordamos cedo, of course. Meu marido tinha um compromisso em Gramado, e meus filhos e eu fomos com ele. Fomos é modo de dizer, pois não chegamos muito longe. Da nossa casa até o aeroporto, gastamos cinco minutos. Mas, então, encontramos uma espécie de caos.
Ou todas as famílias porto-alegrenses estão com bebês madrugadores, ou alguma coisa tinha acontecido. Nove horas da manhã, e a avenida num engarrafamento paulistano. Do aeroporto até o Hotel Deville, levamos 55 minutos, e então uma amiga nos avisou que o problema era em Canoas.
Não foi um acidente que causara tamanho transtorno, mas um fato pensado e aprovado em três vias.
Pasmem: tinham fechado duas pistas da estrada que leva à serra e dá acesso à saída pro litoral. Sem avisos. Num final de semana. Vivemos a cultura do desrespeito: os cidadãos que se danem. Assim, danados, demos meia volta. Naquele ritmo, chegaríamos em Canoas depois do almoço. Que dirá em Gramado.
E o que fazer com a família, dez da matina de um sábado? Tive uma ideia linda: vamos à Fundação Iberê Camargo. Desculpo-me nestas linhas, pois eu ainda não tinha conhecido a Fundação (quem achar graça, é porque não teve filho pequeno que não dorme à noite).
Do pouco que pude ver, achei tudo lindo. Digo do prédio, é verdade. Sabem o que aconteceu? Fomos recebidos no museu com um clima esquisito, e só pudemos avançar até o primeiro salão. Acreditem: estavam fazendo uma filmagem, um trabalho a ser exposto no próprio museu no decorrer deste ano.
Em pleno horário de funcionamento. Assim, sábado de sol, a Fundação estava aberta para os incautos como nós, muito embora não estivesse aberta realmente. Dignamente, eu diria. E já na entrada recebemos o simpático aviso: falem baixo, que estão filmando aí. Gente, que vergonha! Isso lá é jeito de se receber alguém?
E me pergunto por que a filmagem não foi feita numa segunda-feira, quando o prédio permanece fechado. Mas filmavam num sábado, dia em que a Fundação deve receber muitos visitantes.
Danem-se os turistas que saem dos seus hotéis numa manhã linda de sol… Enfim, depois queremos ser cosmopolitas. Mas vai ver, eu mereço. Quem mandou demorar tanto pra ir até lá?
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