quarta-feira, 30 de julho de 2008



30 de julho de 2008
N° 15678 - Paulo Sant'ana


Sexo entre primos

Surpreendente dado da pesquisa de comportamento que Zero Hora publica hoje na página 35, cotejando o desempenho sexual de porto-alegrenses e curitibanos: é que 8% dos masculinos de Curitiba e 7,1% de Porto Alegre iniciaram-se no sexo com suas primas.

Eu não sabia disso, acho que ninguém sabia. É certo que a percentagem é maior, os pesquisados em grande número devem ter omitido esse detalhe, julgando-o desonroso.

Acredito que com primos não se verifica o incesto, no entanto impressiona que a convivência com parentes estimule a iniciação sexual.

Tanto é verdade que por pejo os pesquisados omitiram terem-se iniciado no sexo com seus primos, que no elemento feminino, tanto em Curitiba quanto em Porto Alegre, caem para 10 vezes menos que no masculino as declarações de que começaram com seus primos como parceiros.

Aí tem constrangimento em declarar a verdade para a pesquisa.

Também chama a atenção na pesquisa que, tanto em mulheres como em homens, metade das mulheres porto-alegrenses exige camisinha dos seus parceiros, enquanto no item de número de vezes que os masculinos usam a camisinha, o volume cai assustadoramente, os homens vão ao sexo sem camisinha em cerca de dois terços deles.

Outro dado impressionante é que, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, em Curitiba e Porto Alegre, apenas metade das relações sexuais desejadas são levadas a termo.

Ou seja, acontece por uma ou várias razões que o apetite sexual tanto de homens quanto de mulheres, em Curitiba e Porto Alegre, é reprimido, a vontade é maior que a satisfação.

Outro dado que apenas me impressiona porque pertenço a outra geração é o de que, entre os homens, apenas 14% deles se iniciaram no sexo com as prostitutas, quando 50 anos atrás esta percentagem deveria beirar os 100%.

De lá para cá a mulher foi se libertando a tal ponto, que os prostíbulos passaram a sofrer redução na sua atração. Os jovens masculinos deixaram de se iniciar no sexo nos lupanares e foram à luta no próprio meio social regular.

De todos estes dados, que revelam uma tendência praticamente igual em todos os itens do confronto entre curitibanos e porto-alegrenses, o que legitima a pesquisa, o que mais me espantou foi o de que os primos entre si detêm grande fatia do mercado de iniciação sexual.

Daqui por diante, sempre que eu assistir a primos de sexos opostos muito ligados na afetividade, vou exclamar para mim próprio: "Aí tem coisa...".

Agora veio lá da prefeitura uma resposta civilizada a esta coluna sobre a questão das ciclovias. Ei-la:

"Caro SantAna. Porto Alegre espera há mais de um século por uma rede de ciclovias e ciclofaixas. É com imensa alegria que concluímos recentemente o primeiro Plano Diretor Cicloviário da cidade. Foram identificados quase 500 quilômetros com potencial de comportarem ciclovias, entre eles a Avenida Ipiranga, trecho entre o Guaíba e a PUC.

A grande notícia é que ainda neste ano estará concluído o primeiro trecho de ciclovia, já dentro das propostas do plano, localizado na Avenida Diário de Notícias.

Esta obra estará sendo realizada em parceria com o Barrashopping, como medida de compensação ambiental. A aprovação geral do plano depende da Câmara dos Vereadores.

A respeito de tua coluna de ontem, garanto que não existe nenhum tipo de animosidade da Comunicação da prefeitura em relação e este colunista que tanto tem contribuído para a qualidade de vida de nossa população.

O crescimento de todos passa por mais serenidade, coragem para mudar as coisas que podemos e sabedoria para perceber a diferença.

Um grande abraço, do (ass.) Luiz Afonso dos Santos Senna, secretário municipal de Mobilidade Urbana".

Nenhum comentário: