quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020


06 DE FEVEREIRO DE 2020
ARTIGOS

E A SUA PARTE?

Nos últimos anos, temos avançado na agenda de transformar o Brasil em um ambiente de negócios melhor e, com isso, acelerar o crescimento. A reforma trabalhista de 2017, ao permitir o trabalho intermitente e em tempo parcial, criou a possibilidade da formalização de mais pessoas, e os dados sugerem que isso vem ocorrendo sem substituição dos trabalhadores de tempo integral. A reforma da Previdência evitou uma trajetória explosiva da dívida pública, sinalizando nosso compromisso com o longo prazo. Na agenda de 2020 do Congresso, estão as reformas administrativa e tributária, ambas necessárias e urgentes.

O crescimento baixo cobra um preço alto de toda a sociedade, mas especialmente dos mais pobres. Mas os resultados das mudanças já começam a aparecer. Ainda que a taxa de desocupação tenha caído ao longo de 2019 motivada pela expansão, em especial, dos trabalhadores por conta própria, o Caged de novembro para o Brasil registrou a maior criação de empregos formais para o mês desde 2010. No RS, foi o melhor novembro desde 2012.

A retomada do mercado de trabalho não é apenas uma notícia boa para os 11,4 milhões de brasileiros que esperam uma oportunidade, mas também para a economia como um todo. Com o trabalho formal, vem o aumento dos salários médios, a maior capacidade de assimilar crédito, o aumento da confiança, e disso o estímulo ao consumo e ao investimento, e assim uma espiral de crescimento econômico sustentável começa a se formar. Para ajudar, a inflação, ainda que sofrendo alguns choques, está sob controle e nunca tivemos taxas de juros tão baixas.

Os indicadores mostram que o Brasil tem condições de crescer mais em 2020. Mas a expansão da economia sempre é mais favorável para aqueles que estão preparados. O que cada um fez para ser melhor durante a crise certamente vai se refletir positivamente no momento da expansão da atividade econômica. Fazer a sua parte sempre será condição fundamental e insubstituível para o sucesso, independentemente do cenário.

LUIZ CARLOS BOHN

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