04 DE OUTUBRO DE 2017
+ ECONOMIA
ARMÍNIO DEFENDE PRIVATIZAR TUDO
De São Paulo*
Ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga encerrou o 18º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Antes, falou com exclusividade para duas colunistas do Sul, esta e Estela Benetti, do Diário Catarinense. No pronunciamento, ao falar da governança pública, disse que o desastre que ocorreu no Brasil não foi um sequestro do Estado por uma força política, mas uma parceria com setores privados que representam "o Brasil velho".
- Defendo a privatização de todas as empresas públicas. Não venderia uma participação minoritária na BR (como encaminha a gestão de Pedro Parente na Petrobras), porque é rasgar dinheiro.
A seguir, os principais trechos da entrevista. Retomada
"Essa é uma retomada cíclica, que no fundo espelha nada mais do que uma força natural de uma economia que foi muito fundo. Dá para dizer que (a economia) está quicando de volta. Para que tenha continuidade, o investimento vai ter de se apresentar. A incerteza ainda é muito alta, e em função disso não é uma recuperação completa. Para que isso ocorra, vamos ter de aguardar a definição maior do ano que vem, as eleições."
Papel do BC
"Tem um aspecto, clássico, que é a política monetária. O Brasil vive uma profunda recessão, que tende a se dissipar, mas está longe ainda disso. O BC chegou, com equipe nova, sinalizando uma ancoragem forte da inflação. Essa combinação derrubou os preços e eles aí têm tido a chance de cortar muito o juro".
Futuro ministro da Fazenda?
"Já tive a honra, e já encarei o dever de me apresentar ao serviço público duas vezes, no BC e na campanha do Aécio (Neves) em 2014. Não penso nisso na verdade, mas, se acontecer, tanto melhor, também não fujo, não".
Reformas
"Não está fácil prever, porque o clima em Brasília está muito tenso. Na área tributária, o que está em discussão é uma reforma do PIS/Cofins, que seria um teste para reformar o ICMS, que aí sim seria revolucionário. Sei que a equipe do Ministério da Fazenda já sinalizou que essa seria a sequência. Isso faz todo o sentido."
*A colunista viajou a convite do IBGC
Uma autobiografia em forma de negócio. É assim que a Leiteria 639, que abre na próxima terça-feira, na Capital (Avenida Venâncio Aires, 639), pode ser definida. Nova aposta do empresário Tiago Leite, reúne no mesmo local pelo menos quatro serviços: padaria, confeitaria, restaurante e minimercado. O projeto se confunde com a história de Tiago, que saiu do Interior para trabalhar no minimercado de um parente em Porto Alegre, onde foi padeiro, açougueiro, faxineiro, repositor e gerente.
Com a Leiteria - nome sugerido pela arquiteta do local em referência ao sobrenome do dono -, Tiago quer reunir públicos distintos, desde os jovens universitários que circulam pela Cidade Baixa com seus pets (a área externa vai permitir animais) até pessoas mais velhas, que vão encontrar no chá da tarde aconchego entre bules de café e de leite, além das delícias da confeitaria.
O espaço vai atender também a uma demanda crescente por produtos sem glúten e sem lactose - inclusive aqueles feitos na própria Leiteria -, e cervejas artesanais. Sabores exclusivos de sorvete também estão sendo elaborados.
Os clientes poderão montar sanduíches com fiambres de sua preferência e diversas variedades de pão quentinho. Na hora do almoço, terá serviço à la carte com pratos típicos. A Leiteria também vai comercializar produtos coloniais.
O valor do negócio não foi divulgado, mas Tiago explica que aproveitou uma boa oferta para ficar com o ponto. No espaço, de 600 m2, totalmente reformado e ampliado, o difícil vai ser escolher entre tantas opções. QUATRO EM UM
marta.sfredo@zerohora.com.br
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