Esta empresa passa suas roupas por menos de R$ 1 a peça
Com menos de um ano de vida, Mania de Passar já virou uma rede de franquias com quatro unidades e acabou de receber um aporte de US$ 50 mil
Por Anderson Figo access_time 25 fev 2017, 08h00 chat_bubble_outline more_horiz
ferro de passar
Mania de Passar: Startup recebeu aporte de US$ 50 mil com menos de um ano de vida (ronstik/Thinkstock)
São Paulo – Uma das maiores frustrações de quem deixa a casa dos pais e vai morar sozinho é, sem dúvida, o fim da mordomia de ter sempre aquela roupa passadinha no armário esperando para ser usada. Quem não é fã de serviços domésticos, vai precisar de ajuda.
Foi pensando nesse público que os ex-consultores do Sebrae Claudio Augusto, Thiago Florêncio e Eduardo Koji lançaram, em março de 2016, a Mania de Passar. O negócio deu tão certo que, com quase um ano de vida, já virou uma rede de franquias e acabou de receber um aporte de investidores do Vale do Silício.
Funciona assim: o cliente paga uma taxa mensal, a empresa busca as roupas limpas semanalmente na casa dele e devolve as peças passadas em até 48 horas. Há diversas opções de planos: o mais barato custa 100 reais por mês e dá direito a 80 peças (1,25 real cada uma); já o mais caro, de 280 reais por mês, dá direito a 320 peças (0,875 centavos cada uma).
sócios da Mania de Passar
Sócios da Mania de Passar: da esquerda para direita, Claudio Augusto (CEO), Thiago Florêncio (CMO) e Eduardo Koji (CFO) (Divulgação)
“A ideia do negócio surgiu de uma experiência pessoal minha. Quando fui morar sozinho, me dei conta de que eu poderia lavar a minha própria roupa, mas não sabia como passar”, diz Claudio Augusto, um dos fundadores e CEO da startup.
Em 2012, Augusto fez um empréstimo e criou um espaço de coworking com um dos seus colegas do Sebrae, o qual alugavam para startups. Foi nesse espaço que os futuros sócios começaram a maturar a ideia da Mania de Passar.
“Em 2015, decidimos finalmente tomar coragem, abandonar nossos empregos no Sebrae e nos dedicar 100% ao negócio. Depois de muito planejamento e estudo, decidimos que era a hora de encontrar uma primeira parceira ou parceiro para abrir uma unidade piloto e testar a viabilidade da startup”, diz.
A escolhida foi a Dona Nadir, de Suzano, que antes de botar a mão na massa precisou passar por capacitação para a função. Os sócios a colocaram para fazer cursos do Sindlav (Sindicato Intermunicipal de Lavanderias no Estado de São Paulo).
“Depois disso, em março, partimos para a prática: ela fazia a divulgação boca a boca e nós espalhávamos panfletos, porta-copos e avisos de porta com nossa marca, no estilo ‘não perturbe’. Funcionou: em pouco tempo ela conseguiu cerca de 30 contratos e estava ganhando entre 3,5 mil reais e 4 mil reais por mês”, afirma Augusto.
A experiência foi tão positiva que os sócios decidiram, então, criar um anúncio na internet para saber se outras pessoas se interessariam em ter uma franquia da Mania de Passar. “Tivemos 80 interessados em 10 dias. Foi um sucesso tão grande que a gente teve que tirar o anúncio do ar”, diz o CEO.
Três candidatos foram escolhidos e a Mania de Passar chegou nas quatro unidades que possui atualmente, em bairros das cidades de São Paulo, Suzano e Guarulhos. Os novos franqueados pagam uma taxa de franquia de 7,5 mil reais para que a startup possa capacitá-los para desempenhar o serviço e têm de investir mais 2 mil reais no material necessário para abrir o negócio.
“Neste mês, lançamos a marca oficialmente na Feira do Empreendedor do Sebrae, em São Paulo, e saímos do evento com mais 15 reservas de franqueados para abrir novas unidades em lugares diferentes, que vão desde Jaraguá do Sul (SC) até Maceió (AL)”, revela Augusto. A expectativa dos sócios é montar 100 unidades até 2018 e ter mais de 300 em 2020.
Aporte
De olho na ampliação do negócio, os sócios da Mania de Passar se inscreveram para o 3º Ciclo de Aceleração da Porto Seguro em parceria com a Plug and Play Tech Center, aceleradora que fica no Vale do Silício, nos EUA.
O resultado saiu há poucos dias: a Mania de Passar foi selecionada junto com mais seis startups, entre 1013 inscritas, para receber um aporte direto de 50 mil dólares, destinado ao desenvolvimento do negócio. Mais 100 mil dólares serão investidos na empresa indiretamente, na forma de benefícios.
“Foi uma ótima surpresa. Sem esse apoio financeiro, o nosso faturamento no ano passado já foi de 40 mil. Agora, com o aporte da Porto Seguro, devemos chegar em um faturamento de 2 milhões de reais ao final deste ano”, afirma Augusto.
Investimento inicial: 2 mil reais
Taxa de franquia: 7,5 mil reais
Prazo de retorno: 12 meses
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