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quinta-feira, 1 de abril de 2010
01 de abril de 2010 | N° 16292
LETICIA WIERZCHOWSKI
Dois discos
Faz alguns anos, Celso Fonseca fez um show de violão e voz no São Pedro. Ainda lembro, era uma noite muito fria de julho... Meu marido e eu, loucos de felizes, corremos para o teatro. Lá, tomamos um choque: a plateia era tão rala que dava até vergonha.
Senti vontade de ligar para meus amigos e dizer, largue tudo o que você estiver fazendo e venha ser feliz por duas horas. No palco, assustado com o inverno gaúcho, levando dois cachecóis no pescoço, o baiano Celso Fonseca ignorou a parca audiência e deu um banho de talento. Ventava lá fora, mas a pequena plateia saiu do teatro em pleno verão carioca.
Ao que me conste, ele não cantou mais por aqui. E não dei sorte de estar lá para cima numa noite de show do Celso Fonseca. Sendo assim, estou faceiríssima com seu último disco.
Voz e Violão chegou aqui em casa e foi imediatamente confiscado por mim. Não sai do meu carro, não sai do meu quarto, a não ser sob custódia. Lindo e delicioso, capaz de levantar o astral do mais desanimado dos ouvintes, Voz e Violão deixa na gente uma vontade de correr para os braços de um bom amor. Do disco, eu diria que é encantadoramente brasileiro.
Algumas composições próprias como Febre e Slow Motion Bossa Nova, e um passeio pelo repertório de gente como Tom Jobim, Rita Lee, Gilberto Gil (de quem Celso foi guitarrista por muitos anos), Roberto e Erasmo Carlos, Marisa Monte, e até o Bochecha, que ganhou uma versão linda para o hit Conquista.
Outro que pousou na minha mesa ainda ontem foi o novíssimo Drexler, Amar la Trama. Ao contrário de Celso Fonseca, o uruguaio Jorge Drexler tornou-se recentemente bastante conhecido dos gaúchos, e seus shows na Capital têm sempre plateia cheia.
Mas ele vem de longe, e quem gosta do seu trabalho precisa sair atrás de discos antigos como Frontera e Llueve.
O novo CD de Jorge Drexler já ganhou o direito de tocar no volume máximo aqui em casa. Encorpado como um bom vinho tinto, Amar la Trama tem lindas canções e o toque muito pessoal do argentino Matias Cella, parceiro recente de Drexler.
Sempre achei Drexler um grande letrista, e Amar la Trama encanta pela agilidade musical e pela poesia, ao mesmo tempo leve e afiada. Me emocionei com as canções Mundo Abisal e Noctiluca, de cara as minhas preferidas no disco.
Enfim, muita música para encher de luz esses dias outonais.
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