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sexta-feira, 16 de abril de 2010
16 de abril de 2010 | N° 16307
PAULO SANT’ANA
Beber no bico
Eu ia dizer que tenho um vício, além do cigarro, qual seja o de tomar refrigerantes.
Bebo cerca de 10 refrigerantes por dia. Não é vício porque, ao contrário do cigarro, não me faz mal.
Mas essa disposição duradoura que tenho para repetir com frequência o ato de beber refrigerante se incorporou de tal forma à minha conduta, que levanto pela manhã e já está martelando em meu cérebro a vontade de tomar um refrigerante.
Ainda mais constante se torna esse hábito porque os fabricantes de refrigerante tiveram a ideia de nos proporcionar um líquido doce como o mel, que no entanto não contém açúcar.
Essa ânsia louca que tenho por ingerir açúcar, ou melhor, por saborear açúcar, é aplacada em seus efeitos devastadores pelos refrigerantes diet.
Se inventassem esse mesmo simulacro para o cigarro, eu estaria feito na vida, imaginem um cigarro sem nicotina e alcatrão que tivesse o mesmo gosto que este cigarro que fumo! Seria uma grande invenção.
Por isso é que avalio que o refrigerante doce sem açúcar é uma das maiores invenções da humanidade.
O que ninguém me explica é como, não sendo um vício, o refrigerante no entanto vicia.
Um hábito que vicia. Vou lhe dizer uma coisa, não vivo sem refrigerante, não como sem refrigerante. E, quando não como, no entanto estou tomando sempre um refrigerante.
O monumental volume de refrigerantes que é vendido me dá conta de que sou apenas um dos tantos milhões de viciados em refrigerantes.
Por sinal, esses dias li em Zero Hora que o Rio Grande do Sul é o Estado em que mais se bebe refrigerante no Brasil.
Que mania de beber o gaúcho tem, desde o chimarrão até a cachaça, agora também o refrigerante, o gaúcho está sempre bebendo.
Gasto tanto de gasolina e de cigarros quanto gasto de refrigerantes. Sou um grande pagador de impostos.
Agora que extinguiram a Coca Light, entrei em confusão. Ela era a minha preferida e, embora eu esteja na fase de indecisão quanto ao refrigerante que a sucederá na minha preferência, continuo bebendo a mesma quantidade: cerca de 10 por dia.
Bem geladinhos.
Como é doce este Sprite! E como é deliciosa esta Guaraná Antarctica Diet. E não existe diferença nenhuma entre a Coca-Cola normal e a Coca Zero, nenhuma.
As pessoas que tomam a Coca-Cola normal desconhecem que a Coca-Cola Zero é igual. Bastaria para elas, se não quisessem engordar, ficar tomando a Coca-Cola Zero durante 15 dias e se fixariam nela, não notariam a diferença.
Mas agora inventaram a H2O e a Aquarius, interessantes derivativos, com muitos consumidores. Já bebi. Gostei. Mas é que são embaladas em plástico e aí não calham como minha praia.
Por sinal, até contra a lata dos refrigerantes eu tenho preconceito: o bom mesmo dos refrigerantes é quando todos vinham nas garrafas.
Não existia maneira mais gostosa e eficaz de matar a sede do que beber refrigerante no bico.
Que saudade do bico!
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