segunda-feira, 30 de janeiro de 2023


30 DE JANEIRO DE 2023
INDÚSTRIA DO RS

Incertezas pela frente

No levantamento de 2022, a Fiergs explica que o avanço das exportações gaúchas se dá, principalmente, pela elevação dos preços dos produtos vendidos, que apresentaram variação acima da quantidade remetida. Para este ano, especialistas afirmam que o cenário para as exportações no país e no Estado não está claro, porque conta com uma série de condicionantes.

Desaceleração das economias de países desenvolvidos, impactos da inflação, da guerra na Ucrânia e alterações no preço dos combustíveis podem prejudicar as vendas para o mercado externo. Por outro lado, eventual retomada de fôlego por parte da China, um dos principais destinos dos produtos brasileiros, pode ajudar a amenizar esses problemas, segundo a professora Camila Flores Orth, da Unisinos:

- A China, com essas medidas de retirada do covid zero, a expectativa é de voltar a ter crescimento mais acelerado em 2023. Com isso, a gente pode ver um aumento de exportação para a China.

No âmbito do óleo e do farelo de soja, o superintendente de estudos de mercado e gestão da oferta da Conab, Allan Silveira, afirma que o ambiente para as vendas brasileiras deve seguir positivo diante da desregulação do mercado internacional de óleos vegetais.

Vice-presidente de Indústria CIC de Caxias do Sul, Ruben Antonio Bisi diz que o desempenho do setor automotivo, principalmente na linha dos veículos pesados, deve seguir aquecido, mas em ritmo de acomodação. Parte dos empresários do ramo adota cautela nos investimentos à espera das primeiras ações do novo governo, segundo Bisi. Alguns problemas na produção, como a falta de semicondutores, também seguem pesando, mesmo que em patamar menor na comparação com anos anteriores:

- Vai ter uma pequena redução, um pequeno ajuste em alguns segmentos, mas depois teremos retomada no segundo semestre. Não é uma perspectiva pessimista. É otimista com um pouco de cautela.

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