sábado, 14 de janeiro de 2023


14 DE JANEIRO DE 2023
CONSELHO EDITORIAL

A RESPONSABILIDADE DO JORNALISMO

Desde domingo, quando começaram a ocorrer os atos de invasão dos três poderes em Brasília, houve uma mobilização imediata do nosso jornalismo e do Conselho Editorial. O momento de gravidade dos crimes e de ameaça à democracia determinava uma análise criteriosa do cenário, o reforço de diretrizes editoriais para as redações e uma reflexão sobre o papel que temos como imprensa neste momento.

Na linha de transparência que tentamos estabelecer com o público neste espaço, desde a criação do Conselho Editorial em agosto de 2022, faço um resumo aqui para esclarecimento de todos.

Estamos em um momento delicado da história. Os riscos não terminaram. Sabemos de nossa responsabilidade, como veículos de comunicação, no fortalecimento do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, e reiteramos o compromisso da RBS com a democracia e com o cumprimento das leis.

Seguiremos fazendo jornalismo independente, responsável, plural, com distanciamento crítico, no interesse do público e na busca obsessiva da verdade.

Jornalisticamente, não pendemos para nenhum dos lados, seja direita ou esquerda. Nosso apartidarismo permite que tenhamos independência para criticar ou elogiar, se o governo vigente, em nível federal, estadual ou municipal, errar ou acertar.

Temos consciência de que a direita não é igual à minoria radical que invadiu os prédios em Brasília. A grande maioria dos eleitores de direita, inclusive entidades liberais, condena os atos criminosos de 8 de janeiro.

Nossos veículos devem dar voz, de forma equilibrada, aos dois lados, ouvindo fontes democráticas. A pluralidade é um valor indiscutível na nossa linha editorial. Mas os holofotes não podem estar em fontes radicais: nosso papel é o de buscar os pontos em que há consenso, para que o país possa seguir em frente.

O momento é de análise do que ocorreu e de apuração de responsabilidades, para que todos os episódios sejam apurados, os criminosos, punidos, e que os brasileiros compreendam o que ocorreu e por que ocorreu, para que não se repita. 

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