terça-feira, 4 de fevereiro de 2020




04 DE FEVEREIRO DE 2020

INFORME ESPECIAL

A grande vitória do gauchinho Heitor

O pequeno Heitor Dias Lemos (foto ao lado), de sete anos, emocionou o público no sábado ao entrar na cancha da Ferradura, no 33º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. O menino carregava uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Seu pai, Solano Luz Lemos (ao fundo), não conseguiu conter as lágrimas. O gesto foi um agradecimento pela cura de um câncer, contra o qual Heitor lutou por dois anos.

Em 2018, ele foi diagnosticado com linfoma de Burkitt, um tipo de doença do sistema linfático, e a família de tradicionalistas de Cambará do Sul precisou se mudar para Caxias do Sul para o tratamento. Durante as sessões de quimioterapia, onde comparecia sempre pilchado, o menino tinha um pedido frequente: recuperar a saúde para acompanhar o pai, juiz em provas de laço, no rodeio de Vacaria.

- O mundo tradicionalista fez uma corrente de orações para ele, em vários rodeios. Com apenas três sessões de químio, ele já estava curado - conta a mãe, Raquel Dias. Em abril do ano passado, Heitor foi considerado livre da doença. A direção do evento, sabendo do desejo do menino, o convidou para participar de um momento de oração no rodeio, carregando a imagem da santa que tem a devoção da família.

As comemorações à saúde de Heitor continuam. Nesta semana, o pecuarista Firmino Branco vai cumprir o que prometeu ao guri, caso conseguisse superar a doença: dará ao menino a oportunidade de tentar laçar o boi Jiló, "um dos animais mais difíceis de apanhar no Brasil, já que tem as aspas viradas para baixo", conta o proprietário. Nos últimos dois anos, ninguém acertou a armada no bicho. Heitor terá a sua chance até o final do rodeio, no domingo. Se usar da mesma valentia que teve para derrotar a enfermidade, tem boas chances de uma nova façanha.

CAIO CIGANA - INTERINO

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