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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
30 de setembro de 2011 | N° 16842
ARTIGOS - Amauri Perusso*
A corrupção, o TCU e a mãe
A campanha nacional de combate à corrupção ganha adeptos a cada dia. Tem cara-pintada junto com OAB, CNBB e outras entidades. A cidadania sente-se entre indignada e impotente. A esquerda brasileira observa – e atua – para não permitir que a questão da moralidade pública seja apropriada pelas forças conservadoras, como ocorreu em outros momentos históricos. Conhecemos o preço do que seria um erro político de graves consequências.
O combate à corrupção somente terá algum sucesso, para nos tirar da lista dos países mais corruptos do planeta, se as instituições funcionarem, para punir os que forem apanhados e para amedrontar aqueles que estão pensando em apropriar-se de dinheiro público.
A transparência das finanças públicas é condição indispensável para a atuação do indivíduo como agente de intervenção, na condição de contribuinte e fiscal de receitas e despesas.
Já a existência de informações corretas depende dos mecanismos de registro e controle e de análise, por pessoas treinadas e qualificadas, de dados reunidos em auditoria.
Tribunais de Contas contaminados por indicações eminentemente políticas tendem a flexibilizar julgamentos e pareceres, fortalecendo interesses eleitorais. Prejuízo da sociedade, vantagem para a corrupção.
Neste cenário, a recente disputa para escolha de ministro do Tribunal de Contas da União revelou singularidades interessantes. Foi a primeira vez que um auditor de carreira, Rosendo, disputou esse cargo público. Teve 10 votos. O simbolismo, o novo, nasce assim mesmo.
Vencedora da disputa, a deputada Ana Arraes, filha de Miguel Arraes e mãe de Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco, apressou-se em apresentar um discurso conservador, de flexibilização das ações do TCU. Onde entra a mãe nesta conversa? Apareceu como música (Mamãe, Agnaldo Timóteo, letra de Herivelto Martins e David Nasser), em homenagem à campanha do filho, Eduardo Campos, em favor da eleita.
Enquanto isso, em solo gaúcho, se quer ratear as quatro vagas de responsabilidade de escolha do parlamento local, entre as quatro maiores bancadas de deputados, PT, PMDB, PDT e PP. No Estado – que se quer mais politizado do Brasil – afasta-se a cidadania da disputa. Penso que andamos mal. Talvez a nossa música deva ser “a estância de São Pedro tá assim de graxaim” (Nilo Bairros de Brum).
*Vice-presidente do Centro de Auditores do TCERS
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