quarta-feira, 7 de abril de 2010



07 de abril de 2010 | N° 16298
O ALVO DO MP


Segurança reforçada da BM para promotora

Preocupada com a integridade física de seu representante com maior exposição nos últimos dias, a promotora Lúcia Helena de Lima Callegari, a cúpula do Ministério Público reforçou a segurança pessoal dela. É uma precaução por ela estar à frente do caso policial mais rumoroso de 2010.

Lúcia é a responsável pela denúncia contra sete pessoas acusadas de participação na morte do secretário de Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos. Seis homens estão presos preventivamente, entre eles, os supostos mandantes do crime, o advogado Marco Antônio Bernardes (ex-assessor de Eliseu), o dono da empresa de vigilância Reação (Jorge Renato Hordoff de Mello) e o gerente operacional da firma, Marcelo Machado Pio.

O entendimento da promotora, de que Eliseu foi vítima de um assassinato por encomenda – diferentemente da conclusão da Delegacia de Homicídios, que apontou roubo com morte – gerou uma guerra institucional com críticas de ambos os lados entre representantes do MP e da Polícia Civil.

Procurada por Zero Hora, Lúcia evitou falar sobre o assunto, e a assessoria de comunicação do MP informou desconhecer a medida. Mas pelo menos três fontes ligadas ao MP, consultadas por ZH, garantiram que foi intensificada a segurança de Lúcia.

– Situações especiais requerem proteções especiais – comentou um oficial da BM cedido ao MP.

Ontem, a promotora começou a analisar escutas telefônicas que conteriam conversas entre os acusados de mandantes do crime. À tarde, o advogado Marco José Stefani, defensor de Bernardes, ingressou com novo pedido de habeas corpus, dessa vez na 1ª Vara do Júri.

Em defesa de Bernardes, Stefani utilizou declarações do delegado Ranolfo Vieira Junior, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

– Meu cliente é inocente, e a polícia disse que há inocentes presos. É um grande testemunho – afirmou Stefani.

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