Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 5 de abril de 2011
05 de abril de 2011 | N° 16661
PAULO SANT’ANA
Naturezas diferentes
Fez estrondoso sucesso a coluna que escrevi há dias sobre o direito dos cães de não só comerem a repetitiva ração animal, mas serem brindados por seus donos, vez por outra, com petiscos extras.
Então, eu disse que os maridos também tinham esse direito, não tinham só de ser alimentados pela ração conjugal, de vez em quando deveriam buscar na relação extraconjugal os seus petiscos.
Algumas mulheres, respeitosamente, mandaram-me e-mails classificando a minha brincadeira de machista. Elas argumentaram que à mulher também cabia o direito no casamento de, de vez em quando, cometer uma traiçãozinha aos seus maridos.
Dou-lhes inteira razão. Só não estendi esse direito líquido e certo às mulheres por falta de clareza. Sempre que eu me referir a direitos humanos, quero dizer que eles pertencem igualmente aos homens e às mulheres.
A respeito disso, o direito à traição, alguém esses dias me ensinou que a primeira garrafa de vinho que a gente bebe tem de ser da melhor marca. Da segunda garrafa de vinho em diante, já o vinho não precisa ser de boa marca, pode ser qualquer um, porque a gente já não sente o gosto de mais nada, embriagado e tonto pela primeira garrafa.
Isto é que as mulheres precisam entender: a esposa da gente é o vinho tinto francês, a melhor das mulheres. As mulheres da rua, as outras mulheres, as que vêm depois da esposa, estas podem ser vinho nacional.
Por sinal, só entendi agora, com esses raciocínios levemente adulterinos, por que se chama a esposa de “patroa”.
Porque ela é superior às outras, está acima de todas que porventura possam se atravessar na vida dos maridos.
“Patroa” é a que manda. E, se há uma patroa que manda, é porque logicamente há um marido que obedece.
Mas, ao paciente marido obediente de tantos anos, pode também ser designada a delícia de uma escorregadinha numa aventurazinha extracurricular.
E, se as mulheres exigem direito igual, conceda-se-lhes.
Só que existe uma diferença. A natureza masculina é mais afeita à traição sem arrependimento do que a natureza feminina.
Uma mulher, quando trai o seu homem, fica desabada. Já o homem, quando trai a sua mulher, faz isso com naturalidade, não sofre e se destrói como a mulher adúltera.
Talvez porque (agora mesmo é que vão me chamar mais ainda de machista) o homem tem índole poligâmica, enquanto o caráter central da mulher admite um homem só.
Quando não tem um homem só, toda mulher se violenta.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário