sábado, 16 de abril de 2011



16 de abril de 2011 | N° 16672
PAULO SANT’ANA


Um timinho medíocre

Em face da grande leitura que tinha a coluna do Falcão em Zero Hora, superior até mesmo à leitura da minha coluna, digo-o pelo salário que ele recebia em ZH, disparadamente superior ao meu, sinto-me agora, pelo menos nos próximos três meses, tempo que durará o contrato de Falcão com o Inter, com redobrada responsabilidade.

Vou me dobrar em talento para tentar cobrir o vazio da ex-coluna do Falcão.

Como gaúcho, sinto orgulho de não haver entre todos os indiciados no mensalão, o maior escândalo de corrupção da história da República, nenhum membro, dirigente, governante, parlamentar do Partido dos Trabalhadores que seja gaúcho.

Nenhum petista gaúcho no escândalo. Não é de a gente se orgulhar?

Ainda não refeito do choque sem surpresa provocado pela goleada sofrida pelo Grêmio contra o inexpressivo Oriente Petrolero, cumpro o dever, como gremista histórico, de dizer que a direção tricolor perpetra contra os torcedores imortais um estelionato: os dirigentes gremistas fizeram crer à torcida que o Grêmio tinha time suficiente para conquistar a Libertadores.

Não tem. O fiasco que o Grêmio cometeu quinta-feira é suscetível de acontecer em qualquer jogo, mesmo contra o Ypiranga ou o Lajeadense.

Porque esse time que Odone e Martins ergueram é o pior time gremista dos últimos 30 anos.

Para mal dos pecados, numa incompetência assustadora, os dirigentes gremistas parecem anestesiados em sua incúria: viram o Grêmio perder Jonas para a Europa e André Lima para o departamento médico e não moveram uma palha para substituí-los.

Isto é um crime contra a história e a dignidade ancestral do Grêmio.

E o pior: metade da imprensa esportiva não denuncia esse caos gremista por ser colorada, quer que o Grêmio atravesse os anos com essa equipe medíocre que ostenta.

A outra metade da imprensa esportiva não entende nada de futebol e por isso não sabe que esses jogadores que o Grêmio apresenta excruciantemente em todos os jogos vão levar o clube à segunda divisão para 2012.

É necessário que a torcida gremista se mobilize com manifestações pacíficas mas enérgicas no Olímpico e arredores e faça a direção compreender que o Grêmio e sua torcida são muito grandes para não serem ofendidos com esse timinho medíocre que nos querem fazer engolir.

Proteste, torcida! Grite, torcida, sem agredir ninguém fisicamente, mas mostrando aos dirigentes que eles não podem prosseguir com essas escandalosas omissão e cegueira.

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