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terça-feira, 19 de abril de 2011
19 de abril de 2011 | N° 16675
LIBERATO VIEIRA DA CUNHA
A nave azul
Há alguns dias contei aqui que cientistas da Nasa concluíram que há uma miríade de sistemas, semelhantes ao solar, capazes de abrigar mundos similares à Terra. Isso quer dizer água, atmosferas e vidas comparáveis à nossa.
Mas, como estava tratando de outros temas, não me aprofundei na matéria. A menção despertou no entanto a curiosidade de muitos leitores. É a estes que dedico esta crônica
Sou cético em relação à existência de mais planetas habitados. Provavelmente seriam muito diferentes desta pequena nave azul que nos abriga. Nossos distantes vizinhos do espaço - um território que se mede por milhares de anos-luz - seriam também diferentes de nós na aparência, nos desejos e nos sonhos.
Mas não me custa imaginar que ao redor de uma longínqua estrela - que aqui apelidarei de LK 32- , orbitasse um planeta que guardasse algum parentesco com a Terra.
Só posso supor que fosse parecido na forma, mas totalmente diverso de nós.
O sentimento do ódio seria inteiramente desconhecido entre seus habitantes.
A ideia de guerra estaria há muito arquivada em seus dicionários e enciclopédias.
Em LK 32 se ignoraria o sentido da palavra desamor.
E com ela estaria esquecido o de inveja, de egoísmo e de rancor.
Assassinatos, sequestros, estupros seriam desconhecidos, dos jornais aos livros escolares.
A mentira seria expulsa de todas as mentes sadias.
E as mentes sadias seriam uma incomensurável maioria na convivência interpessoal.
Estranho. Tudo isso não é novo, e há entre nós homens e mulheres que pautam suas vidas por esses sentimentos.
Há gente que faz de sua escala na Terra um permanente ato de doação e de fraternidade.
E contudo não aprendemos a viver como irmãos.
Não há mais claro atestado disso do que a bárbara chacina do Realengo.
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