Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
CLÓVIS ROSSI
O pacote e o bom começo
SÃO PAULO - Permito-me a ousadia de fazer algumas observações em torno da unanimidade em apoio ao pacote de socorro aos bancos, sob pena de derretimento do sistema todo. Aliás, estou na companhia de leve maioria de franceses (50,83% são contra o socorro, conforme enquete do "Le Figaro").
A crise é grave, claro, e há, sim, o risco de derretimento. Mas é sempre saudável discutir a "história oficial", até porque ninguém sabe o tamanho do rolo e, portanto, ninguém pode afirmar, cientificamente, qual é o grau de risco.
Tanto não se sabe, que o Congresso dos EUA fatiou o pacote e previu uma primeira parcela de US$ 250 bilhões, um terço dos US$ 700 bi originais. E todo mundo achou bom.
Aí, de duas, uma: ou a turma da bufunfa (apud Paulo Nogueira Batista Jr.) está tão desesperada que qualquer caraminguá serve, ou os US$ 250 bilhões já resolvem.
Por fim -e mais importante-, se houvesse total estrangulamento do crédito, a economia dos EUA não teria crescido 2,8% como o fez no segundo trimestre. Sem a linha da vida do sistema, que é o crédito, a economia não cresce, é óbvio.
É razoável acreditar, então, que o crédito só sofreu seca total a partir do terceiro trimestre? Não.
Tanto não que o "Financial Times" anuncia que a Blackstone e o JP Morgan tentarão levantar mais de US$ 1 bilhão para financiar a conversão de 20 mil cinemas para sistemas de projeção digital. Se não há dinheiro na praça, como se diz, nem tentariam, certo?
O diabólico nesse sistema tóxico é que não dá para pagar para ver se a gritaria do setor financeiro é blefe, exagero ou fato. Vai que é fato...
De todo modo, vale a piadinha do apresentador de TV britânico Gavin Esler que ilustra o estado de ânimo dos sem-pacote:
"O que você diz para um banqueiro de investimento que está de pé na janela pronto para pular?", pergunta um. Responde o outro, de bate-pronto: "Um bom começo".
crossi@uol.com.br
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