quinta-feira, 16 de outubro de 2008


CARLOS GOMES

FOME NOSSA DE CADA DIA

A limentar-se de maneira adequada é um direito fundamental do ser humano que diz respeito não somente à sobrevivência física e intelectual. A alimentação está diretamente ligada à dignidade da pessoa humana, fator indispensável à realização de direitos já consagrados pela nossa Constituição federal.

Hoje, dia em que celebramos o Dia Mundial da Alimentação, verificamos que estamos aquém das metas de redução da fome. O planeta atravessa momento de graves dificuldades na realização do direito à alimentação para parcelas consideráveis da população.

Hoje, não só o Brasil, como os demais países, desembolsam cem vezes mais para salvar o sistema financeiro que para alimentar suas crianças.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o número de pessoas desnutridas no mundo já supera os 850 milhões, situação agravada pelo desperdício. No Brasil, segundo o IBGE, 14 milhões de pessoas são atingidas pela fome.

A cada dia, 11 mil crianças morrem de fome no mundo, sendo que um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresentam retardo no desenvolvimento físico e intelectual.

Sabemos que colocar comida na mesa é condição necessária no combate à desnutrição, mas não é o suficiente. A segurança alimentar, em sua concepção mais pura, dá-se a partir da realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades.

São instrumentos para chegar a essa meta práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem especificidades culturais e que consigam, ao mesmo tempo, ser ambiental, econômica, cultural e socialmente sustentáveis.

É preciso, também, conhecer os recursos em cada setor para implementar, de modo mais eficiente, as ações inclusivas com atenção a uma escala de prioridades estabelecida conjuntamente.

Para refletir sobre o tema, além de estimular o debate e ações de combate à fome e ao desperdício, meu gabinete parlamentar, com o gabinete do deputado federal Paulo Roberto, elegeram a vila Bom Jesus, na Capital, como cenário para essa comunhão e reflexão.

O evento, que deverá servir arroz carreteiro para 2 mil pessoas no próximo sábado, tem apoio do Instituto Riograndense do Arroz, da Companhia Riograndense de Mineração, do Sindicato de Fiscais de Tributos do Rio Grande do Sul, além de associações comunitárias do bairro Bom Jesus.

O almoço que será servido na Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima com certeza não é uma ação definitiva no contexto dessa luta que assumimos, mas é uma iniciativa que carrega o compromisso com os esquecidos e a esperança de dias melhores.

deputado estadual

Uma ótima quinta feira pra todos nós

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