sexta-feira, 29 de junho de 2018


Madonna: aos 60 anos, a maior 


Quase todo mundo concorda que Madonna, bem viva aos 60 anos, é o maior ídolo da música pop. "As pessoas dizem que sou controversa. Mas acho que a coisa mais controversa que fiz foi ficar aqui. Michael se foi. Tupac se foi. Prince se foi. Whitney se foi. Amy Winehouse se foi. David Bowie se foi. 

Mas ainda estou aqui. Aos que duvidam e aos que se opõem, e a todos que me apresentaram ao inferno: sua resistência me tornou mais forte, me impulsionou mais, me transformou na lutadora que sou hoje. Tornou-me a mulher que sou hoje", diz Madonna na nova edição revista e ampliada de sua biografia Madonna 60, da escritora Lucy O'Brien, autora de livros sobre mulheres e música. 

Madonna: 60 anos (Editora Agir, 536 páginas, tradução de Inês Cardoso e Carolina Rodrigues) traz os 40 anos de carreira da Rainha do Pop, a mulher mais importante para a indústria da música e do entretenimento, com hits mundiais como Like a virgin, Papa don't preach e Material girl. A obra mostra Madonna influenciando fortemente o mundo da música e atraindo a mídia e o público por seus relacionamentos amorosos, filhos, opiniões políticas, ativismo social, posições feministas e defesa de grupos LGBT. 

Nascida no estado de Michigan, em 1958, Madonna teve uma mãe ex-dançarina e amante de música clássica, angelical e bondosa, que na adolescência lia Anne Sexton, Virginia Woolf, Sylvia Plath e Frida Kahlo. Madonna tinha cinco anos quando a mãe faleceu, fato que a marcou. Em 1977, período de grande produção e experimentação para a dança, Madonna ganhou uma bolsa de estudos para dançar com a Alvin Ailey American Dance Theater, de Nova Iorque. Nos anos seguintes, com garra, foi caminhando no show business. 

A partir de 1982, iniciou-se a enorme quantidade de discos gravados pela diva e as dezenas de vídeos, filmes, peças e livros e turnês mundiais. Em certo período, a musa foi criticada, chamada de vadia, e sua arte foi contestada. Com o passar dos anos, a carismática artista foi reconhecida como a mais bem-sucedida de todos os tempos. Em 2016, Madonna apoiou Hillary para presidente e, em dezembro desse ano, ao receber o Prêmio de Mulher do Ano do Billboard Women in Music, fez um discurso amargo e triste sobre abuso e resistência, antecipando-se à campanha #MeToo. 

Em 21 de janeiro de 2017, na Marcha das Mulheres em Washington, falou para 500 mil pessoas: "Pensei em mandar a Casa Branca pelos ares". Madonna é um dos maiores fenômenos de nossa era. 

lançamentos 

O fogo e o relato - Ensaios sobre criação, escrita, artes e livros (Boitempo, 168 páginas), de Giorgio Agamben, filósofo italiano e um dos principais intelectuais de sua geração, traz reflexões sobre o que está em jogo na literatura, no que consiste o fogo que nossos relatos perderam e que alguns querem recuperar; e pergunta qual é a pedra filosofal dos escritores. 

A obra, enfim, trata da linguagem e da relação entre vida e obra. Imersão - um romance terapêutico (Harper Collins, 256 páginas), do psiquiatra, neurocientista e palestrante Diogo Lara, autor do best-seller Temperamento Forte e Bipolaridade, traz a jornada desafiadora de Amanda, 36 anos, médica estabelecida, que quer debelar seu abatimento num seminário intensivo em um castelo na Escócia. 

Lá conhece Mike, terapeuta que usa técnicas inovadoras para curar problemas psíquicos e se redescobre. Na direção das montanhas (AGE, 108 páginas), da jornalista e escritora Andréia Borges de Azevedo, natural de São Francisco de Paula e autora do romance Movidos pelos ventos, traz belas fotos e poemas que compõem um painel entre a natureza e as memórias. Cavalos, nevoeiro, montanhas, céu e pinheiros, entre tantos temas, estão na obra da autora que ama os Campos de Cima da Serra.   - 

Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/colunas/livros/2018/06/635096-madonna-aos-60-anos-a-maior.html)

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