quarta-feira, 13 de junho de 2018


13 DE JUNHO DE 2018
EM TRATATIVAS

Ginásio da Brigada pode ser usado em permuta por prisão


O governo do Estado decidiu que tentará trocar o terreno do ginásio da Brigada Militar, em Porto Alegre, que está parcialmente destruído, pela construção de um presídio na Região Metropolitana. Conforme o secretário Raffaele Di Cameli, de Modernização Administrativa e Recursos Humanos, o destino do ginásio já está definido e, caso a permuta seja fechada com uma entidade privada, a tendência é de que o novo presídio seja construído em Sapucaia do Sul - onde o Estado tem terreno.

- Esse é o plano. As coisas podem demorar. Mas o terreno não será mais colocado à venda. Será permutado para projetos da segurança pública. A realização depende ainda da definição do objeto. O presídio tem de ter projeto absolutamente definido - aponta ele, citando que outro imóvel inativo em Caxias do Sul deve entrar na permuta.

A primeira tentativa do governo foi vender, em um único leilão, o ginásio da Brigada e o terreno da Escola do Corpo de Bombeiros, ambos no bairro Santa Cecilia, área valorizada da Capital. Sem interessados devido ao alto valor do negócio, o governo decidiu separar as vendas, começando pelo ginásio, avaliado em R$ 40,5 milhões. O imóvel dos bombeiros, avaliado em R$ 85 milhões, ainda não tem destino.

- Escolhemos a permuta porque é mais rápido e seguro. Só se entrega o terreno quando a obra (do presídio) estiver pronta. Com essa permuta, chegaremos a cerca de R$ 100 milhões em terrenos por presídios - argumentou Di Cameli, apontando que há tratativas com interessados.

PARA GOVERNO, SEDES SÃO PRIORIDADES

Em nota divulgada à noite, o governo do Estado afirma que a prioridade para permuta do terreno é a construção de nova sede para o Corpo de Bombeiros e de complexo esportivo da Brigada Militar. Se sobrarem recursos, diz o texto, serão implantados projetos na área da segurança pública, incluindo presídios. O governo esclarece que a Região Metropolitana carece de novas vagas no sistema penitenciário, mas, "até o momento não há definição quanto a locais para a construção de novas unidades prisionais".

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