segunda-feira, 5 de julho de 2010



05 de julho de 2010 | N° 16387
LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL


Música ao Sul

A metade Sul do Estado passa por um firme processo de soerguimento. Só não vê quem não quer. O pampa retoma o caminho que o fez brilhante no século 19 e grande parte do século 20. Isso acontece, em especial, pela educação e pela cultura. As feiras de livros regionais já ocupam um belo espaço nessa área. E a Universidade Federal do Pampa colabora para dar um estímulo decisivo à região.

Chega-nos agora, pela notável escritora e ativista cultural Sonia Alcalde a notícia: Bagé, de antiga história, promoverá, de 25 a 31 de julho, o Festival Internacional Música no Pampa, que antecede a comemoração, em 2011, dos 200 anos da cidade. Atenção: não é evento ligado às vertentes tradicionalistas.

Trata-se de música erudita, popularmente conhecida como “música clássica”. Sim: orquestras, concertos, maestros, violinos, violoncelos, Mozart, Beethoven, isso tudo. A promoção é da Prefeitura Municipal, do prefeito Luis Eduardo Colombo, o Dudu, e de sua operosa equipe.

A ideia seminal é de um ilustre bageense, Marcos Machado, contrabaixista, doutor em música e atualmente professor da University of Southern Mississippi, além de spalla da Meridian Symphony Orchestra. Encontrou apoio na pessoa de Maestro Jean Reis, também gaúcho, atualmente fazendo doutorado na mesma universidade, e idealizador e diretor do Festival Música nas Montanhas de Poços de Caldas.

Haverá master classes – tão importantes para os jovens instrumentistas aprenderem com os mais experientes – para além de cursos e recitais diários. Os ministrantes e concertistas são oriundos do país e do Exterior: o “nosso” violinista Cármelo de los Santos, doutor pela University of Georgia;

Alejandro Drago; Alexandre Razera, que já tocou com Cláudio Abbado; Antonio Del Claro, Ney Fialkow e Guigla Katsarava, professor da École Normale de Musique de Paris A. Cortot. O compositor em residência será Arthur Barbosa.

Os nomes e fatos falam por si mesmos. A altíssima qualidade está garantida. Deseja-se sucesso, e que o Festival frutifique. Resta pedir aos gaúchos que abram bem seus ouvidos: há música ao Sul. E da melhor qualidade.

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