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segunda-feira, 26 de julho de 2010
26 de julho de 2010 | N° 16408
PAULO SANT’ANA
Mano Menezes
Desejo felicidades a Mano Menezes na Seleção Brasileira.
Mas cumpro o dever de recordar dois casos que se passaram em 2005, no campeonato nacional da segunda divisão, protagonizados por Mano Menezes.
Impossível sonegá-los da lembrança do povo brasileiro.
Porque fomos testemunhas oculares ou auditivas dos episódios.
Corria o ano de 2005, novembro, e o Grêmio jogava contra o Santa Cruz no Olímpico.
O treinador era Mano Menezes. Para estupefação de todos, Mano Menezes descobriu uma sala com um televisor e ordenou que Anderson, a maior revelação do clube, tanto que foi logo vendido ao Porto de Lisboa, ficasse encerrado no cubículo, sem comunicar-se com ninguém, enquanto o jogo se desenrolava.
O episódio foi tão grotesto e bizarro que logo foi atribuída a Mano Menezes a intenção de não deixar Anderson no banco, onde ficaria exposto às súplicas dos torcedores e indicações dos jornalistas para que figurasse na escalação titular.
Mas incrivelmente Mano Menezes não só sonegou a Anderson um lugar no time como trancafiou-o num tugúrio, lá na ala administrativa do estádio, sem contato com a torcida e não podendo ver o jogo ao vivo do banco.
No banco, disse-se, Anderson seria solicitado veementemente pela torcida e pela imprensa a integrar o time titular, e isso poderia conturbar o ambiente no clube e no time.
Até agora o episódio restou como exótico e extravagante.
Dias depois, o Grêmio iria decidir contra o Náutico o título de campeão da segunda divisão, no Estádio dos Aflitos em Recife.
Era tão complicado aquele jogo que o Grêmio podia até não sair da segunda divisão, se perdesse.
O Grêmio teve quatro jogadores expulsos, restaram somente sete gremistas em campo.
Além disso, foi cobrado um pênalti contra o Grêmio, defendido pelo goleiro gremista Galatto.
Um jogo como nunca o Brasil e o mundo tinham assistido, tantas foram as desventuras de um time de futebol num mesmo jogo, antes de conseguir ainda um gol salvador que deu a vitória ao Grêmio e fê-lo sagrar-se campeão da segunda divisão.
Ironicamente, o fabuloso gol da vitória gremista foi de autoria de Anderson, o jogador que o técnico Mano Menezes tinha recolhido ao presídio privado daquela sala fatídica no jogo contra o Santa Cruz.
Mas onde eu queria chegar depois de contar tudo isso? É que estapafurdiamente o treinador Mano Menezes tinha deixado no banco naquele jogo os jogadores Anderson e Lucas, as duas maiores revelações gremistas, tanto que o Lucas seria logo em seguida vendido para o Liverpool.
Anderson, vendido ao Porto, Lucas, vendido ao Liverpool, por duas fortunas, estavam sentados no banco por ordem de Mano Menezes.
Só no segundo tempo é que entraram no time e levaram o Grêmio à maior vitória de toda a sua história mais que centenária.
No banco, Anderson e Lucas!
Deus queira que na Seleção Brasileira o treinador Mano Menezes não cometa mais estas tropelias atentatórias ao bom senso e à razão.
Nunca mais sairá da lembrança dos gremistas esses dois episódios surrealistas que encerraram dois dos maiores erros cometidos por treinadores entre nós.
Felicidades, na Seleção, Mano Menezes.
Mas não ouse mais tantas loucuras.
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