Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
09 de julho de 2010 | N° 16391
L. F. VERISSIMO
Roda-roda
“Roda! Roda até abrir!” Era o que o Felipão gritava nos coletivos da Seleção na Coreia do Sul, em 2002. E os zagueiros e volantes ficavam trocando passes na sua própria intermediária, de um lado para o outro, até abrir um claro lá na frente para enfiarem a bola.
É o que todo mundo faz, hoje, muitas vezes para desgosto da torcida, que quer ver seu time avançar sempre e perde a paciência quando o roda-roda inclui bolas atrasadas para o goleiro em vez de mandadas para a área inimiga. A Espanha também roda a bola na intermediária até conseguir uma brecha, mas com uma diferença: faz isso na intermediária adversária.
O epicentro desse roda-roda avançado é Xavi, o homem que não erra passe. Vendo Xavi e Iniesta jogar, entende-se o sucesso do Messi no Barcelona. Simplificando um pouco, Xavi e Iniesta foram o que faltou na seleção argentina para Messi fazer mais do que fez, Messi foi o que faltou na seleção espanhola para que as criações de Xavi e Iniesta tivessem mais consequência, já que a Espanha, apesar das boas finalizações do David Villa, chegou à final sem fazer muitos gols.
O futebol só ganharia se o Messi se naturalizasse espanhol. Ou o Xavi e o Iniesta virassem argentinos, claro.
Curiosidade. Existe um método de aferição de qualidade de jogadores, supostamente objetivo e científico – nada a ver, portanto, com o “Man of the Match”, o melhor do jogo escolhido por votos na internet e que chegou ao absurdo de escolher Cristiano Ronaldo como o homem do jogo Portugal e Brasil –, que estabelece um ranking baseado principalmente na precisão dos passes, se entendi bem. O ranking surpreendente publicado ontem é:
1º. Philipp Lahm, da Alemanha.
2º. Sergio Ramos, Espanha.
3º. Gerard Piqué, Espanha
4º. Joan Capdevila, Espanha
5º. David Villa, Espanha
6º. Wesley Sneijder, Holanda
7º. Thomas Müller, Alemanha
8º. Juan, Brasil
9º. Luis Suárez, Uruguai
10º. Gilberto Silva, Brasil.
Objetivismo alheio não se discute, certo, mas os autores da lista andaram vendo passes que ninguém mais viu. E certamente não prestaram nenhuma atenção no Xavi.
Mesmo derrotada, a Alemanha trouxe as principais novidades desta Copa: Thomas Müller, Mesut Özil e Sami Khedira. E, a não ser que o Xavi seja especialmente espetacular no domingo, o alemão Schweinsteiger ainda foi o melhor de todos no meu ranking particular.
Excepcionalmente, Luis Fernando Verissimo publica sua coluna hoje neste espaço. Na próxima semana, ele retorna aos dias habituais, segundas e quintas.
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