Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
28 de outubro de 2008
N° 15772 - LUÍS AUGUSTO FISCHER
Moinhos na história
Não dá para parar de ler o livro de Carlos Augusto Bissón recentemente lançado, Moinhos de Vento – Histórias de um Bairro de Porto Alegre. Volume da série Porto Alegre Revisitada, da Secretaria Municipal de Cultura, o livro é uma preciosidade: bem concebido, escrito em português culto, muito bem informado, cheio de grandes histórias sobre pessoas e acontecimentos ligados ao famoso bairro que está no título.
As restrições são pouquíssimas. Um livro como este merecia um mapa bem circunstanciado, quem sabe até mais de um, para ajudar a enxergar o que vai contado em suas páginas; e um livro como este merecia capa mais firme, que não cedesse tanto ao manuseio. Como se vê, quase nada de problema. E os méritos são enormes.
Carlos Augusto, de quem sou amigo há 30 anos, é um talento verdadeiro para o texto escrito. Que não escreva regularmente para jornais e revistas, para mim é um mistério, e pior, uma pena, uma perda, porque dispõe daquela informação histórica, particularmente nos campos da política, do cinema e da literatura, que faz os grandes jornalistas serem grandes.
No livro, esse fundo difuso de sua qualidade ressalta, nas inteligentes costuras que vai fazendo entre a história do bairro e a vida do Estado, do país e do Ocidente, tudo fluindo naturalmente, sem fazer alarde, na elaboração de uma leitura histórica de fôlego. E que relato bom de ler!
Sendo um bairro da elite porto-alegrense por muito tempo, o Moinhos foi e é palco de vidas de industrialistas, comerciantes, banqueiros, profissionais liberais, tudo gente de grande interesse para uma visada histórica.
O autor entrevistou dezenas de pessoas, pacienciosa e produtivamente, para compor um texto que ao mesmo tempo é uma bela renda, tecida das várias histórias pessoais atentamente consideradas, e um amplo painel do século 20, que parte de um ponto específico do planeta para considerar modernização industrial, mudanças nas relações de trabalho, alterações de comportamento, que em geral começam nas elites e alcançam todo mundo em seguida. Um belo e imperdível livro, pode crer.
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